Manual de bolso



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Protocolo para a prevenção de 
transmissão vertical de HIV e sífilis
MANUAL DE BOLSO

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Protocolo para a prevenção de 
transmissão vertical de HIV e sífilis
MANUAL DE BOLSO
Brasília - DF
2007

© 2007 Ministério da Saúde
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a 
fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de texto e imagens desta obra é de responsabilidade da área 
técnica.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual do 
Ministério da Saúde: http://www.saúde.gov.br/bvs
Tiragem: 1
a
 edição - 2007 -  134.000 exemplares
Elaboração, distribuição e  informações
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Vigilância em Saúde
Programa Nacional de DST e Aids
Av. W3 Norte, SEPN 511, Bloco C
CEP 70750-543 – Brasília, DF
Disque Saúde / Pergunte aids: 0800 61 1997
Home page: www.aids.gov.br
Financiamento 
Projeto UNODC AD/BRA/03/H34
Organização: 
Doris Sztutman Bergmann (UAT/PN-DST/AIDS)
Equipe Técnica:
 
Ângela Donini (Prevenção/PN-DST/AIDS); Cristine Ferreira (ULAB/PN-DST/AIDS); Denis Ribeiro 
(UDST/PN-DST/AIDS);  Denise Serafim (Prevenção/PN-DST/AIDS); Eduardo Campos de Oliveira 
(UDST/ PN-DST/AIDS); Giani Silvana Schwengber Cezimbra (Área Técnica de Saúde da Mulher); 
Karen Bruck Freitas (SCDH/PN-DST/AIDS); Kátia Guimarães (Prevenção/PN-DST/AIDS); Marcelo 
Joaquim Barbosa (UDST/PN-DST/AIDS);  Maria Marta Lopes de Macêdo (UIV/PN-DST/AIDS); Mie 
Okamura (UAT/PN-DST/AIDS); Milda Jodelis (ASCOM/PN-DST/AIDS); Ronaldo Hallal (UAT/PN-DST/
AIDS); Rubens Wagner Bressanim (Depto. de Atenção Básica); Walkiria Gentil (UIV/PN-DST/AIDS)
Colaboração:
Área Técnica de Saúde da Mulher/ Departamento de Ações Programáticas/Secretaria de 
Assistência à Saúde
Coordenadora: Maria José de Oliveira Araújo
Departamento de Atenção Básica/ Secretaria de Assistência à Saúde
Diretor: Luís Fernando Rolim Sampaio
Assessoria
Alexandre Magno de A. Amorim (Assessor de Comunicação/PN/DST/AIDS)
Editor
Dario Noleto
Projeto Gráfico, capa e diagramação
Alexsandro de Brito Almeida
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
FICHA CATALOGRÁFICA 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids.
Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis: manual de bolso / Ministério da 
Saúde, 
Secretaria de Vigilância em Saúde, Programa Nacional de DST e Aids.. – Brasília : Ministério da Saúde, 
2007.
180 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)
ISBN
1. Transmissão vertical (Aids). 2. Transmissão Perinaltal.  3. Sífilis em Gestante. I. Título. II. Série.
NLM WC 503.3
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2007/0254
Títulos para indexação:
Em inglês: Protocol for Prevention of the Vertical Transmission of HIV and Syphilis: pocket guide
Em Espanhol: Protocolo para la Prevención de la Transmisión Vertical del VIH y Sífilis: manual de bolsillo

Sumário
Apresentação ................................................................................. 9
1 Introdução .................................................................................. 11
2 Aconselhamento para DST e aids nos serviços 
de pré-natal e parto ............................................................. 17
2.1  Aconselhamento pré-teste 
(individual e/ou coletivo) ............................................. 20
2.2  Aconselhamento pós-teste ......................................... 26
2.3  Aconselhamento nos serviços ..................................... 31
3 Diagnóstico da infecção pelo HIV .......................................... 39
3.1  Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV .......... 40
3.2  Diagnóstico da infecção pelo HIV 
utilizando-se os testes rápidos ..................................... 43
4 Pré-natal ................................................................................... 48
4.1  Abordagem inicial da gestante com HIV ................... 48
4.2  Seguimento da gestante HIV+ .................................... 53
4.3  Adesão à terapia anti-retroviral ................................. 58
5 Trabalho de parto e parto ....................................................... 60
5.1  Parto vaginal ................................................................ 64
5.2  Parto cesária ................................................................ 65
6 Puerpério .................................................................................. 66

6.1  Puerpério imediato ..................................................... 66
6.2  Puérpera com diagnóstico de HIV anterior 
ou realizado durante a gestação ................................. 69
6.3  Puérpera com diagnóstico realizado 
durante o trabalho de parto ....................................... 70
7 Planejamento reprodutivo ...................................................... 72
8 Recém nascido/criança exposta ao HIV ................................. 73
8.1  Manejo na maternidade ............................................. 73
8.2  Seguimento após a alta da maternidade ................... 75
9 Sífilis adquirida e gestacional ................................................. 83
9.1  Sífilis adquirida ............................................................ 84
9.2  Sífilis na gestação ........................................................ 93
9.3  Esquemas de tratamento da sífilis .............................. 94
9.4  Co-infecção sífilis/HIV na gestação ............................. 96
10 Sífilis congênita ....................................................................... 99
10.1  Classificação ................................................................100
10.2  Diagnóstico laboratorial ............................................. 102
10.3  Manejo da sífilis congênita ......................................... 105
Referências ................................................................................. 110
Anexos ........................................................................................ 113
Anexo A – Avaliação de risco e vulnerabilidade ................. 113
Anexo B – Portaria Nº 59/GM/MS ........................................ 115
Anexo C – Programa de controle da qualidade analítica 
do diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV ...... 122
Anexo D – Procedimentos seqüenciados para detecção 
de anticorpos anti-HIV em indivíduos com idade 
acima de dois anos ..................................................... 126

Anexo E – Portaria Nº 34/SVS/MS ...................................... 131
Anexo F – Ficha de notificação de gestantes infectadas 
pelo HIV ...................................................................... 136
Anexo G – Gestantes HIV – Instruções para preenchimento
...................................................................................... 138
Anexo H – Quadro-resumo dos critérios de definição de caso
em indivíduos com 13 anos ou mais de idade .......... 144
Anexo I – Ficha de Investigação/ Notificação AIDS 
pacientes com 13 anos ou mais ................................. 146
Anexo J – Vigilância epidemiológica da sífilis na gestação 
e da sífilis congênita ................................................... 150
Anexo K – Ficha de Investigação – Sífilis em Gestante ... 152
Anexo L – Sifilis em gestante – Instruções para preenchimento
 ....................................................................................... 154
Anexo M – Ficha de Investigação – Sífilis Congênita ....... 160
Anexo N – Sífilis congênita – Instruções para preenchimento
...................................................................................... 163
Anexo O – Portaria Nº 156/MS .......................................... 170

9
APRESENTAÇÃO
A transmissão vertical do HIV e da sífilis é desafio na saúde 
pública  que  necessita  ser  enfrentado  pelas  políticas  de 
saúde do Brasil, apesar dos avanços obtidos nesta área.
Com o objetivo de avançar nesta prevenção, percebeu-
se  ser  necessária  a  ampliação  do  “Projeto  Nascer  – 
Maternidades”, para que todas as maternidades do Brasil 
tenham condições de atendimento à gestante portadora 
de HIV ou com sífilis, bem como ao seu recém-nascido, 
e  a  ampliação  do  diagnóstico  e  atenção  a  essa  mulher, 
principalmente durante o pré-natal.
O  Programa  Nacional  de  DST  e  Aids  vem  fortalecendo 
parcerias  e  ajustando  processos  para  incrementar 
o  diagnóstico  precoce  e  propiciar  as  intervenções 
necessárias para a prevenção desses dois agravos.
É  imprescindível  o  desenvolvimento  de  um  trabalho 
conjunto  com  outros  ministérios,  estados,  municípios, 
organizações não-governamentais, sociedades científicas, 
entidades de classe e outras instituições envolvidas com o 
tema, para o aprofundamento dessas ações.
Este “Protocolo para a Prevenção Vertical de HIV e Sífilis” 
tem o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade 
na atenção destas mulheres e recém-nascidos, resultando 
em uma redução das taxas de transmissão vertical do HIV 
e  a  eliminação  da  sífilis  congênita  como  um  problema 
de  saúde  pública.  Espera-se  que  este  protocolo, 
organizado  por  profissionais  do  Programa  Nacional  de 
DST e Aids, Área Técnica de Saúde da Mulher, FUNASA 
e  Departamento  de  Atenção  Básica  do  Ministério  da 
Saúde, através de revisão extensa de literatura, seja útil 
para  todos  os  profissionais  envolvidos  no  atendimento 
das gestantes e seus bebês, aprimorando a qualidade da 
atenção no pré-natal e puericultura. 
Mariângela Simão
Diretora do Programa Nacional de DST e Aids

11
1 Introdução
A epidemia de aids no País se configura com subepidemias. 
Atualmente,  observa-se  o  aumento  proporcional  de  casos 
de aids devido à transmissão heterossexual, principalmente 
entre  as  mulheres  que,  diferentemente  dos  homens,  têm 
apresentado taxas de incidência crescentes.
A  população  menos  escolarizada  tem  sido  mais  atingida  e 
a epidemia vem apresentando um padrão de disseminação 
heterossexual, tornando a razão entre os sexos equivalente. 
Com isso, a transmissão vertical do HIV e a da sífilis passaram 
a ser problemas cada vez mais importantes na saúde pública.
O  Pacto  pela  Saúde,  aprovado  pelo  Conselho  Nacional 
de  Saúde  (CNS)  em  fevereiro  de  2006,  fortalece  a  gestão 
compartilhada entre os diversos níveis de governo e, segundo 
o  pacto,  cabe  aos  estados  e  municípios  o  desenvolvimento 
de  ações  necessárias  para  o  cumprimento  das  metas  de 
acordo com a realidade local, de maneira que as prioridades 
estaduais  e  municipais  também  possam  ser  agregadas  à 
agenda nacional. 

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Programa Nacional de DST/ Aids
12
Um dos três eixos do Pacto pela Saúde é o Pacto pela Vida, em 
que a redução da mortalidade materna e infantil é uma das 
prioridades básicas. Um dos componentes para a execução 
desta prioridade é a redução das taxas de transmissão vertical 
(TV) do HIV e da sífilis. 
A transmissão vertical do HIV ocorre através da passagem 
do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, o trabalho de 
parto, o parto propriamente dito (contato com as secreções 
cérvico-vaginais  e  sangue  materno)  ou  a  amamentação, 
sendo que cerca de 35% dessa transmissão ocorre durante a 
gestação, 65% ocorre no peri-parto e há um risco acrescido 
de transmissão através da amamentação entre 7% e 22% por 
exposição (mamada).
Com  uma  prevalência  de  0,41%  de  infecção  pelo  HIV  em 
gestantes,  estima-se  que  12.456  recém-nascidos  sejam 
expostos ao HIV por ano.
A transmissão vertical do HIV, quando não são realizadas 
intervenções  de  profilaxia,  ocorre  em  cerca  de  25% 
das  gestações  das  mulheres  infectadas.  Entretanto,  a 
administração  da  Zidovudina  (AZT)  na  gestação  e  o 
uso  de  AZT  no  parto  e  no  recém-nascido,  reduz  a  taxa 
de  transmissão  vertical  para  8,3%,  segundo  um  estudo 
multicêntrico  realizado  nos  Estados  Unidos  e  na  França 
(Protocolo  ACTG  076).  A  literatura  mostra  uma  redução 
dessa taxa para níveis entre 1 a 2% com a aplicação de todas 

13
as  intervenções  preconizadas  pelo  Programa  Nacional  de 
DST  e  Aids.  Essas  intervenções,  atualmente,  são:  o  uso  de 
anti-retrovirais  a  partir  da  14ª  semana  de  gestação,  com 
possibilidade de indicação de AZT ou terapia anti-retroviral 
tríplice;  utilização  de  AZT  injetável  durante  o  trabalho  de 
parto; realização de parto cesário eletivo em gestantes com 
cargas  virais  elevadas  ou  desconhecidas,  ou  por  indicação 
obstétrica;  AZT  oral  para  o  recém-nascido  exposto,  do 
nascimento  até  42  dias  de  vida  e  inibição  de  lactação 
associada  ao  fornecimento  de  fórmula  infantil  até  os  seis 
meses de idade. 
Em estudo multicêntrico conduzido pela Sociedade Brasileira 
de Pediatria, a taxa estimada de transmissão vertical do HIV 
no  Brasil,  em  2004,  era  de  8,5%,  variando  entre  13,8%  na 
Região Norte e 3,5% na Região Centro-Oeste.
Nas  regiões  onde  houve  sensibilização  e  empenho  para 
reduzir-se a TV observamos números semelhantes aos dos 
países desenvolvidos.
Já  a  prevalência  de  sífilis  em  parturientes  encontra-se  em 
1,6%, aproximadamente quatro vezes maior que a infecção 
pelo HIV, representando cerca de 50.000 gestantes infectadas 
no  ano  de  2004.  A  sífilis  congênita  é  um  claro  evento 
marcador da qualidade da assistência à saúde, ocorrendo em 
média quatro mil novos casos notificados a cada ano, com 
uma taxa de incidência de 1,6 casos por mil nascidos vivos. 

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Programa Nacional de DST/ Aids
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Considerando-se  a  subnotificação,  estima-se  que  ocorram, 
no  entanto,  cerca  de  12  mil  casos,  o  que  elevaria  a  taxa  de 
incidência para cerca de quatro casos por mil nascidos vivos.
Apesar da elevada cobertura de pré-natal no país, acima de 
85% e de uma razão de cinco consultas de pré-natal por parto 
no SUS, a qualidade da assistência à gestante está aquém das 
necessidades.  A  Política  Nacional  de  Atenção  Obstétrica 
e  Neonatal  prevê  a  realização  de  exames  para  sífilis,  mas 
verifica-se  ora  a  inobservância  da  realização  da  rotina 
preconizada, ora um tratamento inadequado, incluindo-se o 
não tratamento do parceiro. 
Com  a  realização  do  diagnóstico  da  sífilis  e  o  tratamento 
adequado  da  gestante  e  do  parceiro  durante  o  pré-natal,  é 
possível eliminar a sífilis congênita como problema de saúde 
pública, ou seja, reduzir a até um caso por mil nascidos vivos. 
De acordo com o protocolo vigente no Manual de pré-natal 
e  puerpério  (2006),  a  investigação  da  sífilis  e  a  testagem 
para HIV são recomendados na avaliação pré-concepcional 
sempre que possível
Legislação,  tecnologia  e  insumos  para  a  redução  da  TV 
do  HIV  e  sífilis  já  existem  e  são  disponibilizados  pelos 
Governos  Federal,  Estadual  e  Municipal,  porém  os  dados 
epidemiológicos não são satisfatórios e as diferenças regionais 
demonstram que é possível e necessária a implementação de 
medidas mais efetivas de redução da TV.

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Como uma das estratégias para qualificar e ampliar o acesso 
ao  diagnóstico  do  HIV  e  da  sífilis,  particularmente  para 
gestantes  no  pré-natal  e  maternidades,  o  PN-DST/AIDS 
está fortalecendo a estruturação da rede de atenção às DST 
e aids, incluindo a implantação, em cenários específicos, do 
teste  rápido  para  o  diagnóstico.    A  utilização  desses  testes 
permite que, no momento da consulta seja realizado o teste, o 
aconselhamento e o diagnóstico de HIV e sífilis em menos de 
30 minutos, desde que realizado por profissionais de saúde 
devidamente capacitados. No caso da gestante, permite que 
imediatamente  sejam  realizadas  condutas  que  previnam  a 
transmissão vertical de ambas as condições.
Entretanto, somente o acesso ao diagnóstico não é suficiente 
para garantir a melhoria da qualidade da atenção à gestante 
portadora de HIV, aids e/ou  sífilis. Indissociável à testagem é 
a conformação de uma rede organizada a partir da definição 
de atribuições entre os níveis de atenção à saúde no âmbito 
do SUS, que garanta o acesso das gestantes, parturientes e 
recém nascidos às mais recentes tecnologias de diagnóstico, 
controle e manejo da infecção pelo HIV e sífilis.
Outra  estratégia,  de  grande  importância,  é  a  construção 
deste protocolo com as diretrizes a serem seguidas para que 
se atinja o objetivo de eliminar a sífilis congênita e reduzir a 
transmissão vertical do HIV a níveis abaixo de 1%.

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
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16
É  necessário  o  fomento  para  a  estruturação  de  uma  rede 
integral de prevenção da transmissão vertical do HIV e da 
sífilis. Nesta construção é estratégica a aproximação entre a 
Atenção Básica e os Serviços Especializados, capilarizando a 
cobertura do sistema a partir da integralidade das ações.

17
2 Aconselhamento para DST e aids nos 
serviços de pré-natal e parto
A  prática  do  aconselhamento  desempenha  um  papel 
importante  no  diagnóstico  da  infecção  pelo  HIV  e  outras 
DST, bem como na qualidade da atenção à saúde. Contribui 
para  a  promoção  da  atenção  integral,  possibilitando 
avaliar  vulnerabilidades  e  riscos  com  a  consideração  das 
especificidades de cada usuário ou segmento populacional. 
O aconselhamento necessita cuidar dos aspectos emocionais, 
tendo como foco a saúde sexual, a saúde reprodutiva, avaliação 
de vulnerabilidades e Direitos Humanos. Atualmente, é uma 
estratégia que se insere em vários momentos do atendimento 
e em diversos contextos dos serviços no SUS, inclusive no 
pré-natal e no parto. 
O aconselhamento se fundamenta na interação e na relação 
de confiança que se estabelece entre o profissional e o usuário. 
Logo, o papel do profissional sempre é o da escuta sobre as 
preocupações e as dúvidas dos usuários. Para tanto é necessário 
que  haja,  por  parte  do  profissional,  o  desenvolvimento 
de  habilidade  para  a  realização  de  perguntas  sobre  a  vida 

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
Ministério da Saúde - Secretaria de Vigilância em Saúde - Programa Nacional de DST/ Aids
18
íntima das pessoas, com a finalidade de propor questões que 
facilitem a reflexão e a superação de dificuldades, a adoção 
de práticas seguras e a promoção da qualidade de vida. Para 
que todos esses objetivos sejam alcançados, é fundamental 
que, durante todo o atendimento, a linguagem utilizada seja 
acessível ao usuário.
A  integralidade,  subjetividade  e  compreensão  dos 
diversos contextos de vulnerabilidades são elementos 
fundamentais  para  a  abordagem  de  redução  de 
riscos.
No entanto, as equipes de saúde ainda sentem dificuldades na 
abordagem de questões relativas à sexualidade, percebendo-
se intervenções que não atendem plenamente as necessidades 
específicas  das  pessoas,  tendo  em  vista  os  contextos  de 
vulnerabilidade onde se encontram inseridas. 
Essa  lacuna  traz  como  conseqüência  dificuldades  no 
acolhimento  às  necessidades  específicas  da  mulher  na 
circunstância de pré-natal, parto e puerpério, e de promoção 
da sua saúde integral. Para compreender o caminho que as 
mulheres percorrem em direção à infecção pelo HIV, sífilis, 
ou outra DST, é necessário aperfeiçoar a escuta e a abordagem 
dos  profissionais  de  saúde  a  esse  segmento,  respeitando 
suas  especificidades  biológicas,  psicossociais  e  culturais,  e 

19
suas  circunstâncias  de  ser,  viver  e  sentir.  No  contexto  dos 
serviços de pré-natal e das maternidades, essas ações devem 
ser  estruturadas  como  um  conjunto  de  intervenções  da 
equipe, adequando-se às possibilidades reais de cada serviço, 
dispondo  de  profissionais  capacitados,  para  assegurar  tais 
condutas durante todo o pré-natal, no momento do parto e 
no pós-parto.
No  caso  das  mulheres,  a  qualidade  dessa  relação  com  o 
profissional de saúde na prática do aconselhamento significa 
uma  oportunidade  para  avaliar  fatores  de  vulnerabilidade 
e    exposição  ao  risco  de  infecção  pelo  HIV  e  outras  DST, 
no  presente  ou  em  épocas  passadas,  preparando-a  para 
a  recepção  do  diagnóstico  de  HIV  ou  para  a  adoção  das 
medidas de prevenção dessa infecção e de outras DST.
O diagnóstico da infecção pelo HIV, quando feito no início 
da gestação, possibilita os melhores resultados relacionados 
ao  controle  da  infecção  materna  e,  conseqüentemente,  os 
melhores  resultados  de  profilaxia  da  transmissão  vertical 
desse  vírus.  Por  esse  motivo,  o  teste  anti-HIV  deve  ser 
oferecido a todas as gestantes tão logo se inicie o pré-natal. 
A adesão à testagem, entretanto, deve ser sempre voluntária 
e confidencial.  

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
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2.1 Aconselhamento pré-teste (individual e/ou 
coletivo)
Fazem  parte  desta  etapa  o  acolhimento,  o  estabelecimento 
de vínculo, o mapeamento de situações de vulnerabilidade 
e a orientação sobre o teste. O grau de aprofundamento da 
abordagem destes conteúdos irá depender do conhecimento 
das DST/aids, percepção de risco e disponibilidade de tempo 
das mulheres gestantes. 
Apresentação e acolhimento
É  importante  que  o  profissional  estabeleça  um  ambiente 
favorável para o diálogo e esteja atento para:
•  Assegurar um mínimo de privacidade;
•  Destacar o objetivo do atendimento;
•  Reforçar a garantia do sigilo;
•  Estimular  a  fala  da  gestante,  identificando  fatores  de 
vulnerabilidade e risco.
Levantamento de conhecimento sobre DST/aids, práticas 
de risco e vulnerabilidade das mulheres gestantes
É  importante  levar  em  consideração  os  distintos  níveis  de 
conhecimento das gestantes sobre transmissão, prevenção e 
viver com HIV e aids. Tais diferenças podem estar associadas 
ao  nível  de  escolaridade  e  renda,  bem  como  à  percepção 

21
individual sobre risco e vulnerabilidade. A busca espontânea 
pela testagem pode traduzir percepção de risco, permitindo 
abreviar este momento. 
A  abordagem  inicial  permite  identificar  o  conhecimento 
das gestantes sobre DST e aids, iniciar o “mapeamento” das 
situações de vulnerabilidade e de risco em que elas possam 
estar  inseridas,  bem  como  a  motivação  para  a  realização 
do  teste.  Esses  conteúdos  deverão  ser  complementados  e 
aprofundados  após  o  resultado  do  teste,  permitindo  uma 
abordagem  sobre  aspectos  de  sua  vida  íntima,  tais  como 
práticas sexuais e uso de drogas. 
Neste momento é necessário considerar:
•  Os conhecimentos assimilados sobre a infecção 
pelo HIV/aids e outras DST;
•  Práticas  sexuais  com  e  sem  proteção  (tipos  de 
vínculo com parceria sexual, orientação e práticas 
sexuais, dificuldades no uso de preservativo);
•  Contextos de vulnerabilidades;
•  Uso de drogas (tipo e formas de uso, contextos 
de utilização, hábitos dos parceiros, dificuldades 
no  uso  de  preservativos  sob  efeito  de  álcool  e 
outras drogas);
•  Histórico de DST;
•  A possibilidade de “janela imunológica”.

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22
Também é de fundamental importância:
•  Explicar  o  que  é  o  teste  anti-HIV;  como  ele  é 
feito;  o  que  mede  e  quais  são  suas  limitações, 
explicitando  o  significado  dos  resultados 
negativo, indeterminado e positivo;
•  Explicar  os  benefícios  do  diagnóstico  precoce 
na  gravidez,  tanto  para  o  controle  da  doença 
materna quanto para a prevenção da transmissão 
vertical, reforçando as chances dessa prevenção;
•  Mencionar o caráter confidencial e voluntário do 
teste anti-HIV;
•  Discutir  as  vantagens  e  implicações  dos  dois 
métodos utilizados para a realização do teste.
No  caso  do  teste  rápido,  o  período  de  espera  do 
resultado poderá ser ocupado no aprofundamento da 
avaliação de riscos com a gestante e com a realização 
de atividades como, por exemplo, a disponibilização 
ou  leitura  de  material  educativo,  esclarecimento  de 
dúvidas  com  a  equipe  de  saúde,  atividades  de  sala 
de espera tais como vídeos, palestras ou grupos de 
discussão,  que  dependem  da  organização  de  cada 
serviço para sua realização.
Dentre  os  temas  que  poderão  ser  abordados  nos  espaços 
coletivos,  respeitando-se  a  linguagem  e  a  profundidade 
adequadas à população de gestantes que se assiste, destacam-se:

23
•  Agentes etiológicos e mecanismos de transmissão;
•  Abordagem  relativa  aos  conceitos  de  risco  e 
vulnerabilidade;
•  Significados da exposição ao risco, em situação atual 
e/ou pregressa, para a infecção pelo HIV, sífilis e outras 
DST;
•  Diferença entre ser portador do HIV e desenvolver a 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids);
•  Mecanismos  de  prevenção,  diagnóstico/tratamento  e 
controle da infecção materna;
•  Ações voltadas para a prevenção da transmissão vertical 
do HIV;
•  Informações sobre o teste e os possíveis resultados.
Após serem dadas as orientações necessárias para a realização 
do  teste,  tanto  a  gestante  quanto  o  profissional  de  saúde 
deverão assinar o termo de consentimento ou recusa para a 
testagem, conforme modelo a seguir. Esse modelo pode ser 
adaptado  conforme  a  realidade  local,  considerando-se  as 
diferentes culturas e especificidades.
 

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24
TERMO DE DECLARAÇÃO DE ACEITE OU 
RECUSA DO TESTE ANTI-HIV
Controle nº: ___________
( ) Aceito
( ) Recusado
A. Declaração da Gestante Usuária do Serviço
Eu, abaixo assinada ............................................................................, inscrita no Programa de Pré-Natal, 
declaro para os devidos fins, que fui informada a respeito dos benefícios da realização do teste ANTI-
HIV durante a gestação, assim como me foi ofertada a realização do referido teste, de forma gratuita 
e sigilosa. 
Declaro estar ciente de que o diagnóstico e tratamento do HIV durante a gestação diminui as 
chances de transmissão do vírus da AIDS para o bebê. 
   
☐ Tenho ciência da importância do teste e declaro que autorizo a realização.
 

 Apesar de estar ciente destas informações, não autorizo a realização do teste ANTI-
HIV, responsabilizando-me pelas conseqüências desta recusa.
Nome: _________________________________________________________ 
RG/CPF: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________
     
Data: __/__/__                                    _____________________________________
                                                                           Assinatura da gestante 
 
 
             
 ______________________________
     *(impressão digital do polegar)
*no caso da pessoa não saber ler ou assinar seu nome, esta impressão digital atesta que o formulário 
de consentimento foi lido e explicado com exatidão por um membro da equipe de saúde, ou por um 
familiar da gestante, e que a pessoa afixou sua digital do polegar como sinal de consentimento.
 

25
B. Declaração do Profissional do Serviço
Eu, abaixo assinado, declaro que realizei aconselhamento e expliquei para a gestante os procedimentos 
e a importância  da realização do teste ANTI-HIV,  bem como os benefícios do conhecimento do 
status sorológico tanto para a gestante quanto para a prevenção da transmissão vertical, sendo que a 
mesma assinou essa declaração  voluntariamente.
Unidade de Saude: _______________________________________________
Nome do Profissional: ____________________________________________
Registro no Conselho:_____________________________________________
                                                  __________________________________ 
                                                  Assinatura do Profissional do Serviço  
 
 
 
 
 
 
DATA: ............./ .............../ ...................
 
1ª Via Unidade de Saúde 
2ª Via Usuária 
 

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26
2.2 Aconselhamento pós- teste
Entrega do resultado
Neste  momento,  é  importante  garantir  o  sigilo,  explicar  o 
resultado do teste e orientar as gestantes, individualizando 
seu significado. O resultado deve ser anotado no Cartão da 
Gestante  e  no  prontuário  utilizando,  preferencialmente,  o 
CID 10 em casos positivos.
É  importante  utilizar  as  informações  já  reveladas  no 
momento anterior, complementando as informações sobre, 
por exemplo, orientação e práticas sexuais, uso de álcool e 
outras  drogas,  levantando  o  mínimo  de  dados  necessários 
para contextualizar as orientações sobre medidas preventivas 
e redução das vulnerabilidades e dos riscos. 
Resultado negativo
Nesta situação, a prioridade é reforçar as orientações sobre 
as medidas de prevenção para evitar futuras exposições 
de risco. É necessária a atenção do profissional, pois a 
sensação de alívio deste momento pode desvalorizar a 
intervenção para adoção de práticas seguras.
Neste momento é essencial:
•  Explicar  o  significado  do  resultado  negativo, 
reforçando que a testagem não evita a transmissão 
em novas exposições;

27
•  Verificar a possibilidade de janela imunológica 
caso tenha ocorrido alguma exposição ao risco 
nas quatro semanas que antecederam a realização 
do teste, indicando retorno para retestagem após 
30 dias, ressaltando a necessidade de adotar as 
medidas de prevenção; 
•  Lembrar  que  cada  gestante  tem  suas 
especificidades.  Assim,  é  necessário  que  as 
orientações considerem seu estilo de vida ou sua 
condição atual como, por exemplo, dificuldades 
na negociação do preservativo; uso de barreiras 
nas diferentes práticas sexuais, com os diferentes 
tipos de parceiros (fixos ou eventuais); práticas 
sexuais sob efeito de drogas (lícitas e /ou ilícitas, 
inclusive  o  álcool)  e  a  ocorrência  de  violência 
doméstica e violência sexual.
•  Reforçar as informações sobre vulnerabilidade e 
risco, orientando sobre a prevenção de DST e aids. 
Importante discutir com a gestante as possíveis 
estratégias de redução de vulnerabilidades e de 
riscos;
•  Para  as  gestantes  que  fazem  uso  abusivo  de 
álcool  e  outras  drogas:  discutir  estratégias  de 
redução de danos, reforçando a necessidade do 
uso de preservativo e do não-compartilhamento 
de seringas e agulhas, no caso do uso de drogas 

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28
injetáveis.  Considerar  o  encaminhamento  para 
Programas  de  Redução  de  Danos  (PRD)  e/ou 
Centro de Atenção Psicossocial para tratamento 
da dependência química;
•  Reforçar a importância de testagem do parceiro 
fixo;
•  O  apoio  emocional  deve  permear  todo  o 
atendimento;  quando  necessário  encaminhar 
o  usuário  para  atendimento  na  área  de  saúde 
mental.
Resultado positivo
O  impacto  do  resultado  positivo  costuma  ser  intenso, 
tanto para a gestante quanto para o profissional. Portanto, 
é fundamental que o profissional esteja preparado para 
oferecer  apoio  emocional,  respeitando  o  tempo  da 
gestante, bem como a reação ao resultado. Informações 
sobre  o  significado  do  resultado,  as  possibilidades  de 
tratamento  para  a  gestante  e  a  possibilidade  de  evitar 
a  infecção  de  seu  bebê,  encaminhamentos  necessários 
e  discussão  sobre  as  medidas  de  prevenção  a  serem 
adotadas, devem ser oferecidas e abordadas de acordo 
com  a  condição  emocional  das  gestantes,  assim  como 
seu grau de escolaridade. 

29
Neste momento é importante:
•  Reafirmar o sigilo do resultado;
•  Garantir  à  gestante  o  tempo  necessário  para 
assimilação  do  diagnóstico,  exposição  das 
dúvidas  e  expressão  dos  sentimentos  (raiva, 
ansiedade, depressão, medo, negação etc.);
•  Informar  sobre  a  prevenção  da  transmissão 
vertical, ressaltando a possibilidade do bebê não 
ser infectado;
•  Lembrar  que  o  resultado  positivo  não 
significa  morte,  enfatizando  os  avanços  do 
tratamento  da  infecção  pelo  HIV  (melhora  da 
qualidade  e  expectativa  de  vida,  redução  de 
morbimortalidade);
•  Estimular a adesão, ressaltando a importância do 
acompanhamento médico e psicossocial para o 
controle da infecção e para a promoção da saúde, 
durante e após a gestação;
•  Informar  a  importância  da  testagem  dos 
parceiros sexuais, oferecendo apoio, caso sejam 
identificadas dificuldades nesse sentido;
•  Discutir  estratégias  de  redução  de  riscos  que 
levem  em  conta  as  informações  coletadas  no 
pré-teste,  lembrando-se,  principalmente,  da 
vulnerabilidade,  das  questões  relacionadas  a 

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30
gênero, de direitos reprodutivos, de diversidade 
sexual e de uso de drogas;
•  Para  as  gestantes  que  fazem  uso  abusivo  de 
álcool  e  outras  drogas:  discutir  estratégias  de 
redução de danos, reforçando a necessidade do 
uso de preservativo e do não compartilhamento 
de seringas e agulhas, no caso de uso de droga 
injetável, para que a usuária reduza seus riscos 
de reinfecção e de transmissão para seus pares. 
Novamente considerar o encaminhamento para 
Programas  de  Redução  de  Danos  (PRD)  e/ou 
Centro de Atenção Psicossocial para tratamento 
da dependência química;
•  Indicar  grupos  de  apoio  existentes  na 
comunidade, no serviço ou em ONG locais;
•  Agendar consulta conforme fluxo do serviço.
Na  situação  em  que  a  gestante  resista  ou  apresente 
dificuldades  em  revelar  o  diagnóstico  positivo  para  o(s) 
parceiro(s)  sexual(ais),  o  profissional  de  saúde  deverá 
respeitar o direito da mulher. No entanto, deverá esgotar os 
fortes argumentos para evidenciar as vantagens da revelação, 
inclusive disponibilizando-se para participar do momento da 
revelação.
Caso o profissional de saúde tenha esgotado as possibilidades 
de sensibilização da gestante para a revelação de sua condição 

31
a seu (sua) parceiro(a), caracterizando-se a recusa, o médico 
da  equipe  poderá  informá-la  da  possibilidade  de  contatar 
seu (sua)  parceiro(a) para oferecimento do teste, conforme 
Resolução  1665/2003  do  Conselho  Federal  Medicina:  “O 
médico não poderá transmitir informações sobre a condição 
do  portador  do  vírus  da  SIDA  (AIDS),  mesmo  quando 
submetido  a  normas  de  trabalho  em  serviço  público  ou 
privado,  salvo  nos  casos  previstos  em  lei,  especialmente 
quando disto resultar a proibição da internação, a interrupção 
ou limitação do tratamento ou a transferência dos custos para 
o paciente ou sua família.”
Resultado indeterminado
Orientar sobre a possibilidade de “janela imunológica” e a 
necessidade de nova coleta de exame após 30 dias.
Reforçar os cuidados de prevenção.
2.3 Aconselhamento nos serviços
A - Programas de agentes comunitários de saúde
Os agentes comunitários de saúde têm um papel essencial na 
identificação tanto das gestantes que não realizaram o pré-
natal e a testagem para o HIV nas comunidades que atuam, 
quanto  das  vulnerabilidades  e  risco  dessas  mulheres.  Para 
isso, é importante que incluam na sua rotina um olhar sobre 
os diferentes contextos de vida das gestantes e tenham uma 

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32
abordagem objetiva sobre a importância da saúde gestacional, 
da prevenção das DST e encaminhamentos para os serviços 
de saúde de referência. 
As  ações  do  agente  comunitário  de  saúde  na  comunidade 
contribuem  para  o  aumento  da  procura  pelo  serviço, 
para  a  desmistificação  da  testagem  anti-HIV  e  melhora  a 
receptividade para o aconselhamento e mudança de práticas. 
É muito importante que o agente comunitário, como todo 
profissional da saúde, esteja atento para não emitir juízos de 
valor, atitudes de preconceito e quebra de sigilo. 
Competência do agente comunitário de saúde
O atendimento qualificado do agente comunitário de saúde 
implica em:
•  Prestar informações relacionadas às DST/aids;
•  Disponibilizar insumos de prevenção;
•  Encaminhar  as  gestantes  para  as  unidades  de  saúde 
para realização da testagem, repassando para a equipe 
informações  sobre  as  vulnerabilidades  específicas  de 
cada situação, preservando confidencialidade e sigilo;
•  Oferecer  apoio  nas  situações  em  que  as  gestantes 
compartilham suas angústias;
•  Ter  disponibilidade  para  o  diálogo  no  processo  de 
aceitar  o  resultado  positivo,  esclarecer  dúvidas  sobre 

33
práticas preventivas e identificar referências de apoio 
social.
B - Maternidades
A situação do parto não se constitui o momento ideal para 
o  aconselhamento  relacionado  às  DST/aids.  Diante  da 
necessidade de realização do teste anti-HIV para as mulheres 
que  não  tiveram  a  oportunidade  durante  o  pré-natal,  é 
importante  que  se  estabeleça  um  vínculo  e  acolhimento 
mínimo para:
•  Reafirmar sigilo;
•  Informar da necessidade e vantagens do teste; 
•  Obter o consentimento; 
•  Sinalizar  sobre  um  encontro  pós-parto,  para  uma 
abordagem mais pormenorizada;
•  Obter o consentimento, por escrito, conforme descrito 
no item referente ao pré-teste.
ACONSELHAMENTO PÓS-TESTE NA 
MATERNIDADE:
Considerando  o  período  curto  de  permanência  na 
maternidade,  é  importante  criar  oportunidades  para  o 
aconselhamento pós-teste, proporcionando orientações 
importantes para a qualidade de vida.

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34
No centro obstétrico:
Resultado negativo
Considerar os conteúdos já referidos anteriormente, no 
item 1.2, Resultado Negativo – Entrega de Resultado
Resultado positivo
•  Informar o resultado do exame;
•  Orientar  sobre  as  ações  de  prevenção  da 
transmissão vertical do HIV a ser implementadas 
antes e durante o parto;
•  Orientar quanto à via de parto de acordo com a 
indicação obstétrica e carga viral (ver Quadro 1);
•  Promover apoio emocional;
•  Caso  a  parturiente  esteja  com  acompanhante, 
verificar  conjuntamente  a  possibilidade  de 
incluí-lo no processo.
No alojamento conjunto:
Resultado negativo
Considerar os conteúdos já referidos anteriormente, no 
item 1.2, Resultado Negativo – Entrega de Resultado

35
Resultado positivo
•  Avaliar a necessidade de apoio para compartilhar 
o resultado com o parceiro e rede social;
•  Enfatizar  as  condutas  preventivas  (não 
amamentação)  e  outros  cuidados  realizadas 
para a proteção do RN e outros procedimentos 
necessários para a saúde da mãe;
•  Informar sobre a necessidade de acompanhamento 
e  adesão  ao  tratamento  do  binômio  mãe-filho 
pós-alta;
•  Rever  e  esclarecer  informações  e  orientações 
recebidas no pré-natal e relacionadas às condutas 
realizadas durante e após o parto;
•  Informar  sobre  o  direito  ao  acesso  à  fórmula 
infantil para alimentação do RN;
•  Enfatizar a importância do uso de preservativos 
e oferecer apoio para as dificuldades encontradas 
para tanto. 
C  -  Serviço  de  Referência  (conforme  estabelecido  pela 
estruturação da rede local)
Após  o  parto,  o  ingresso  da  mulher  com  teste  positivo  no 
serviço  de  referência,  estabelece  a  necessidade  de  reforçar 
alguns  aspectos  que  podem  não  ter  sido  adequadamente 

Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e sífilis
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36
trabalhados  no  aconselhamento  em  função  da  fragilidade 
emocional  que  permeia  essa  situação.  É  preciso  sempre 
verificar  se  o  significado  do  resultado  positivo  do  teste  foi 
compreendido,  enfatizar  a  necessidade  de  testagem  do(a) 
parceiro(a) e iniciar o acompanhamento ambulatorial.
É  necessário  avaliar  se  os  aspectos  relacionados  ao 
aconselhamento  pós-teste  positivo  foram  adequadamente 
trabalhados e compreendidos pelas gestantes, reforçando os 
seguintes itens:
•  Avaliar  a  necessidade  de  apoio  para  compartilhar  o 
resultado com o parceiro e rede social;
•  Verificar  se o  parceiro  foi  testado  e  a necessidade  de 
apoio para encaminhá-lo;
•  Enfatizar a importância da adesão ao acompanhamento 
e  ao  tratamento,  para  a  eficácia  da  prevenção  da 
transmissão vertical do HIV.
ACONSELHAMENTO DA PUÉRPERA NO SERVIÇO DE 
REFERÊNCIA
É  importante  que  a  puérpera  que  teve  seu  diagnóstico 
estabelecido  na  maternidade  tenha  um  bom  acolhimento 
e  possa  expor  suas  dúvidas  e  angústias  sobre  seu  status 
sorológico  e  sobre  o  tratamento,  que  não  tenham  sido 
suficientemente esgotadas na maternidade.

37
Enfocar especialmente os seguintes aspectos:
•  Significados  e  percepções  da  mulher  a  respeito  do 
resultado  positivo  (processo  de  aceitação  e  fantasias 
que surgem a partir do resultado);
•  Sentimentos em relação a sua condição sorológica;
•  Sentimentos em relação ao bebê;
•  Enfatizar a importância da adesão ao seu tratamento e 
à profilaxia do RN exposto; 
•  Avaliar  as  dificuldades  enfrentadas  pela  puérpera 
na  implementação  das  condutas  preventivas  para  a 
proteção  do  RN  e  outros  procedimentos  necessários 
para a saúde da mãe;
•  Esclarecer  as  orientações,  já  recebidas  no  pré-natal, 
sobre condutas após o parto para a prevenção da TV.
D - Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)
Os  CTA  foram  estruturados  para  possibilitar  o  acesso  ao 
diagnóstico do HIV, com anonimato, para populações que 
se percebem em risco para a infecção pelo HIV. Têm como 
principal  atribuição  o  atendimento  de  segmentos  mais 
vulneráveis. A maioria destes centros estão organizados com 
equipes multidisciplinares dedicadas exclusivamente às ações 
de diagnóstico e aconselhamento em relação ao HIV, à sífilis 
e às hepatites virais B e C, permitindo um tempo maior de 

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38
contato com o usuário e possibilitando, portanto, uma melhor 
avaliação de risco, fortalecendo as estratégias para redução de 
vulnerabilidades. Existe um número significativo de gestantes 
sendo atendidas nesses serviços, até que os serviços de pré-
natal  tenham  efetivamente  implantado  o  diagnóstico  do 
HIV na rotina de trabalho. Neste ambiente é possível ter um 
tempo maior para abordagem, havendo oportunidade para 
maior detalhamento de conteúdos e para uma orientação que 
considere as especificidades de cada gestante.   
 

39
3 Diagnóstico da infecção pelo HIV
O  diagnóstico  da  infecção  pelo  HIV  no  Brasil  pode  ser 
feito por meio da realização de ensaios denominados Elisa, 
imunofluorescência  indireta,  imunoblot,  western  blot  e, 
mais recentemente, a partir de julho de 2005, por meio da 
realização dos testes rápidos.
O conjunto de procedimentos seqüenciados utilizados para 
a  realização  e  conclusão  do  diagnóstico  é  denominado 
algoritmo ou fluxograma de testes.
Todos  os  laboratórios  públicos,  privados  e  conveniados  ao 
Sistema Único de Saúde (SUS) devem seguir o disposto na 
Portaria  59/GM/MS,  de  28  de  janeiro  de  2003  (Anexo  B), 
onde é preconizada a realização de testes sorológicos como 
o  Elisa,  imunofluorescência  indireta,  imunoblot  e  western 
blot.
Além disso, o diagnóstico da infecção pelo HIV utilizando-
se  testes  rápidos  pode  ser  feito  em  algumas  maternidades 
selecionadas  pelo  Ministério  da  Saúde  (MS).  Para  isto,  o 
MS  vem  capacitando  a  equipe  de  profissionais  de  saúde 
envolvidos com esta atividade e fornecerá os insumos.  Os 
testes rápidos a serem distribuídos às maternidades tiveram 

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seu desempenho avaliado, razão pela qual somente as marcas 
de  produtos  definidas  pelo  MS  poderão  ser  utilizadas, 
seguindo-se  o  conjunto  de  procedimentos  seqüenciados 
(algoritmo) disposto no anexo da Portaria Nº 34/SVS/MS, de 
28 de junho de 2005 (Anexo E). 
3.1 Diagnóstico laboratorial da infecção pelo HIV
Para  a  realização  do  diagnóstico  da  infecção  pelo  HIV,  os 
laboratórios  públicos,  privados  e  conveniados  ao  Sistema 
Único  de  Saúde  (SUS),  devem  adotar  obrigatoriamente  os 
procedimentos  seqüenciados  (Fluxograma  –  Figura  1),  de 
acordo com a Portaria Nº 59/GM/MS, de 28 de janeiro de 2003 
(Anexo B). Esta portaria está sendo atualizada, alterando a 
realização dos testes para a detecção de anticorpos anti-
HIV como diagnóstico a partir dos 18 meses de idade.
Todas as amostras de soro ou plasma devem ser submetidas 
inicialmente a um imunoensaio, denominado Elisa (Teste 1), 
na etapa denominada de triagem sorológica (Etapa I). 
•  As  amostras  com  resultados  não  reagentes  nesse 
primeiro imunoensaio, serão definidas como “Amostra 
negativa  para  o  HIV”.  Nesse  caso,  o  diagnóstico  da 
infecção  é  concluído,  não  havendo  a  necessidade  da 
realização de nenhum teste adicional. 
•  As amostras com 
resultados reagentes ou inconclusivos 
nesse primeiro imunoensaio, deverão ser submetidas a 
uma etapa de confirmação sorológica, composta de um 

41
segundo  imunoensaio  (diferente  do  primeiro  na  sua 
constituição  antigênica  ou  princípio  metodológico)  e 
testes confirmatórios, tais como a imunofluorescência 
indireta, imunoblot ou western blot  (Etapas II ou III). 
OBSERVAÇÕES: 
•  Os laboratórios podem optar pela realização da Etapa 
II  ou  Etapa  III,  para  confirmação  sorológica  das 
amostras.
•  Em  alguns  casos  como,  por  exemplo,  em  resultados 
discordantes  entre  dois  métodos  diferentes,  além  da 
Etapa II, é necessário realizar a Etapa III.
•  Diante  de  um  resultado  positivo,  após  a  etapa  de 
confirmação sorológica, os laboratórios devem solicitar 
uma nova amostra do paciente, a fim de confirmar o 
seu status sorológico.
•  Diante  de  um  resultado  reagente  ou  inconclusivo 
no  primeiro  imunoensaio  (Elisa)  e  negativo  ou 
indeterminado  no  western  blot  deve-se  observar 
a  necessidade  da  realização  de  investigação  da 
soroconversão ou pesquisa de anti-HIV-2.
•  Todos  os  conjuntos  de  diagnóstico  utilizados  para  a 
realização do diagnóstico laboratorial da infecção pelo 
HIV devem ser capazes de detectar anti-HIV-1 e anti-
HIV-2, além de ter registro no Ministério da Saúde.

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42
NOTA: A Portaria de Nº 59/GM/MS, de 28 de janeiro 
de 2003, será revogada no que diz respeito à idade 
mínima para a realização do diagnóstico da infecção 
pelo  HIV  por  meio  da  detecção  de  anticorpos, 
atualmente dois anos. Com base nisto, o Ministério 
da  Saúde  recomenda  a  realização  da  detecção  de 
anticorpos anti-HIV em indivíduos com idade acima 
de 18 meses.
Figura 1: fluxograma para detecção e anticorpos anti-HIV em 
indivíduos com idade acima de dois anos (recomendado acima 
de 18 meses)
  
LEGENDA:
EIA=ENSAIO IMUNOENZIMÁTICO 
IFI= IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA 
IB= IMUNOBLOT 
 
IC = INCONCLUSIVO
I = INDETERMINADO 
 
( - ) = NÃO REAGENTE
( + ) =  REAGENTE
(*) De acordo com o ensaio realizado (IFI ou IB)
ET
AP
A I
INVESTIGAR SOROCONVERSÃO E/OU PESQUISAR HIV -2
AMOSTRA POSITIVA  
PARA HIV –1 / HIV (*)
COLETAR NOVA AMOSTRA  
REPETIR A ETAPA I
( - )
( + ) / ( IC )
EIA 2 e IFI ou IB
EIA 2 ( - ) e
IFI ( - ) ou
IB ( - )
AMOSTRA NEGATIVA
PARA HIV -1
WESTERN BLOT
( - ) AMOSTRA NEGATIVA
PARA HIV -1
( I ) AMOSTRA INDETERMINADA
PARA HIV -1
( + ) AMOSTRA POSITIVA
PARA HIV -1
COLETAR NOVA AMOSTRA 
E REPETIR A ETAPA I
AMOSTRA NEGATIVA PARA HIV
EIA 1
EIA 2 ( + ) e
IFI ( + ) ou
IB ( + )
EIA 2 ( - ) / (Ic ) e
IFI ( + ) / ( I ) ou
IB ( + ) / ( I )
ET
AP
A II
ET
AP
A III
AMOSTRA (SORO OU PLASMA)
EIA 2 ( + ) / (Ic ) e
IFI ( - ) / ( I ) ou
IB ( - ) / ( I )

43
3.2 Diagnóstico da infecção pelo HIV 
utilizando-se os testes rápidos
Diagnóstico da infecção pelo HIV utilizando-se os testes 
rápidos em indivíduos com idade acima de 18 meses
A  fim  de  realizar-se  o  diagnóstico  da  infecção  pelo  HIV 
utilizando  testes  rápidos,  dois  diferentes  tipos  de  teste, 
denominados  TESTE  1  (T1)  E  TESTE  2  (T2)  devem  ser 
realizados,  em  paralelo,  para  toda  e  qualquer  amostra 
coletada.  Se  os  dois  testes  iniciais  apresentarem  resultados 
positivos, a amostra será considerada positiva para o HIV. 
Da mesma forma, se os dois testes apresentarem resultados 
negativos, a amostra será considerada negativa para o HIV. 
Um terceiro teste, ou TESTE 3 (T3), será utilizado somente 
quando os testes iniciais (T1 e T2) apresentarem resultados 
discordantes,  sendo  que  o  T3  definirá  o  resultado  da 
amostra.
Uma vez aplicado o algoritmo citado acima (Figura 2), não 
há  necessidade  de  se  realizar  os  testes  confirmatórios  para 
concluir o diagnóstico da infecção pelo HIV, uma vez que os 
testes rápidos distribuídos pelo Ministério da Saúde já foram 
avaliados  frente  ao  western  blot,  tendo  apresentado  igual 
desempenho.  Além  disso,  todos  os  aspectos  abordados  na 
Portaria Nº 34/SVS/MS, de 28 de julho de 2005 (Anexo E), 
deverão ser observados.

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Figura 2: algoritmo de testes rápidos para detecção de 
anticorpos anti-HIV em indivíduos com idade acima de 18 meses
POSITIVO/
POSITIVO
POSITIVO/
NEGATIVO
NEGATIVO/
POSITIVO
AMOSTRA POSITIVA 
PARA O HIV
AMOSTRA NEGATIVA 
PARA O HIV
COLETAR NOVA 
AMOSTRA APÓS 30 
(TRINTA) DIAS E REPETIR 
TODO O ALGORITMO
POSITIVO
NEGATIVO
AMOSTRA POSITIVA 
PARA O HIV
TESTE 3
AMOSTRA NEGATIVA 
PARA O HIV
NEGATIVO/
NEGATIVO
TESTE 1 + TESTE 2

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Uso dos testes rápidos para indicação de quimioprofilaxia 
da transmissão vertical do HIV
Os testes rápidos também podem ser usados para indicação 
de  quimioprofilaxia  da  transmissão  vertical  do  HIV  em 
gestantes  no  final  do  terceiro  trimestre  da  gestação,  em 
parturientes e em mulheres no pós-parto imediato, que não 
tenham sido testadas para o anti-HIV no pré-natal ou que 
não disponham do resultado do mesmo na admissão para 
o parto.
O status de soropositividade de uma gestante configura uma 
situação em que medidas profiláticas devem ser adotadas no 
sentido de reduzir o risco de transmissão do HIV da mãe 
para o bebê. 
Como se trata de uma situação de emergência com risco de 
vida  para  terceiros  (no  caso,  o  recém-nascido)  e  a  eficácia 
da  quimioprofilaxia  é  bastante  elevada,  recomenda-se  a 
realização  do  teste  rápido  nas  parturientes  não  testadas 
anteriormente,  mediante  seu  consentimento  verbal.  As 
mulheres que apresentarem resultado não-reagente não têm 
indicação  para  uso  da  quimioprofilaxia.  As  mulheres  que 
apresentarem resultado reagente a um único teste rápido 
devem receber a quimioprofilaxia com AZT injetável e seu 
recém-nascido deve receber o AZT solução oral.
Quando houver um resultado reagente, uma nova amostra de 
sangue deverá ser coletada para esclarecimento de diagnóstico, 

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seguindo  as  recomendações  técnicas  estabelecidas  pelo 
Ministério da Saúde para diagnóstico da infecção pelo HIV.
É  importante,  porém,  enfatizar  que  o  uso  da  zidovudina 
durante o trabalho de parto e pelo recém-nascido deve ser 
instituído e mantido, por indicação médica, até a elucidação 
diagnóstica do caso.
Essas mulheres deverão ser aconselhadas a não amamentar, 
estando indicada a inibição mecânica e/ou medicamentosa 
da lactação logo após o parto. 
Na  Figura  3,  encontra-se  um  fluxograma  que  resume  a 
conduta recomendada para uso de teste rápido na indicação 
da quimioprofilaxia para redução da transmissão vertical do 
HIV.

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Figura 3: fluxograma para uso de teste rápido para HIV em 
parturientes (triagem)

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