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Lançado em 17 de junho de 2011, em Ribeirão Preto.

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Além do clima e da falta de investimentos 

agrícolas, Milanez et al. (2012, p. 290) ressaltam 

este problema que interferiu na produtividade: 

a mecanização da colheita, principalmente no 

Estado de São Paulo. Segundo especialistas do 

setor, citados pelos autores, três razões podem 

explicar essa situação: a) a compactação do 

solo; b) a menor densidade de plantas por área 

plantada, já que o plantio deve se ajustar ao 

corte mecanizado; e c) a maior altura em que o 

colmo é cortado pelas colheitadeiras em relação 

à altura do corte manual, de modo a evitar que a 

máquina arranque as soqueiras.

O aumento da mecanização tem sido ex-

pressivo nas últimas safras no Estado de São Pau-

lo, em virtude da extinção das queimas, seguindo 

cronograma definido pelo governo e lideranças 

do setor. Nesse cronograma, é estabelecido que 

até 2014 toda a cana plantada em área que pode 

ser mecanizada deve ser colhida na forma crua 

(o que ocorre normalmente com máquinas). De 

acordo com a Secretaria do Meio Ambiente 

(SMA) do Estado de São Paulo, responsável pelo 

projeto Etanol Verde, na safra de 2006–2007 a 

porcentagem de cana colhida crua foi de 34,2%, 

enquanto na de 2011–2012 atingiu 65,2% (SÃO 

PAULO, 2013). Mas a queda de produtividade 

em virtude do aumento da mecanização, segun-

do Milanez et al. (2012), tende a mudar com o 

aumento do conhecimento dos produtores em 

relação ao manejo agrícola mecanizado.

Problemas de investimentos e de produti-

vidade impactaram a produção de etanol, prin-

cipalmente a do hidratado, e afetaram, portanto, 

o mercado de combustíveis no Brasil.



Mercado

Inicialmente, torna-se necessário discutir 

porque o impacto da crise foi maior sobre o 

etanol hidratado do que sobre o açúcar. Diante 

da queda da produtividade da cana-de-açúcar, a 

maioria das usinas, com destilarias autônomas, 

tem a opção de produzir açúcar ou etanol, den-

tro de certos limites estabelecidos por questões 

técnicas, comerciais e políticas.

Milanez et al. (2012), citando dados do 

Centro de Estudos Avançados em Economia 

Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agri-

cultura Luiz de Queiroz (Esalq), mostraram que 

a remuneração do açúcar ficou acima da do 

etanol hidratado desde 2006, com um salto em 

2009 decorrente da quebra de safra da Índia e 

da Tailândia. Os dados da amostra dos autores 

permitiram concluir que a taxa média de ociosi-

dade foi de 13% nas fábricas de açúcar na safra 

de 2011–2012 e de 29% nas destilarias de etanol.

Portanto, os preços internacionais do açú-

car justificam, em algum grau, a alteração do mix 

de produção das usinas com destilarias anexas, 

podendo-se afirmar que a crise se concentrou na 

produção de etanol hidratado e que coube ao 

açúcar garantir a renda nesse período.

Isso reflete as fusões e aquisições de 

novas unidades produtoras de etanol com 

possibilidade de abrigar fábricas de açúcar. No 

mercado de etanol, uma importante fusão deve 

ser mencionada, a da Copersucar com a trading 

norte-americana Eco-Energy, uma das principais 

empresas de biocombustível nos EUA. Segundo 

Magnabosco (2012), com capacidade de comer-

cializar 10 bilhões de litros de etanol por ano, 

esse grupo poderá ser responsável por 12% do 

mercado mundial do etanol.

A escolha que o proprietário de carro flex 

tem no momento de abastecer faz com que a 

demanda do etanol hidratado dependa do preço 

da gasolina, como já discutido. E o governo está, 

nos últimos anos, influenciando diretamente 

o mercado de combustíveis, dada sua política 

de manter o preço da gasolina estável, visando 

conter o processo inflacionário.

A Petrobras reajustou em final de junho 

de 2012 o preço da gasolina em 7,83%, mas o 

aumento não foi repassado ao consumidor, já 

que em seguida o governo zerou a alíquota da 

Contribuição de Intervenção no Domínio Eco-

nômico (Cide) sobre a importação e a comercia-

lização de petróleo e seus derivados, gás natural 

e seus derivados e álcool etílico combustível 

(BRASIL, 2012). Este repasse, segundo o ministro 



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Guido Mantega, ocorreria em 2013 (SIMÃO et 

al., 2012). Portanto, essa manutenção artificial do 

preço da gasolina afeta diretamente a demanda 

pelo etanol hidratado, uma vez que ele perde 

competitividade na maior parte dos estados.

Cabe ressaltar que por causa da política 

de preços do governo, o presidente do Instituto 

Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocom-

bustíveis (IBP), João Carlos de Luca, disse que a 

Petrobras deixou de arrecadar US$ 12 bilhões 

pela defasagem de preços dos combustíveis no 

mercado doméstico (POLITO et al., 2012).

Outra interferência do governo no setor 

sucroenergético está relacionada ao percentual 

de etanol anidro adicionado à gasolina A para a 

produção da gasolina C. Diante do aumento do 

preço do hidratado, ultrapassando a paridade de 

70%, o consumidor flex migra para a gasolina, e 

isso aumenta, consequentemente, a demanda do 

anidro. O governo então diminui a mistura para 

garantir o abastecimento quando há expectativa de 

que a oferta será menor que a demanda. A última 

mudança na mistura é decorrente da Portaria do 

Mapa nº 678/2011 (BRASIL, 2011b), que reduziu a 

mistura de 25% para 20% a partir de 1º/10/2011.

A rentabilidade do etanol é atrelada ao 

preço da gasolina. Analisando dados do Estado 

de São Paulo no período de janeiro de 2008 a 

outubro de 2011, Milanez et al. (2012) concluí-

ram que o produtor raramente conseguiu remu-

neração acima dos custos. Afirma também que 

o preço do etanol raramente se manteve acima 

do limite superior, dado pelo preço da gasolina 

(considerando o diferencial de rendimento 

energético relativamente ao etanol), já que tal 

situação não é sustentável.

Em suma, a manutenção do preço inter-

nacional do açúcar, elevado nos últimos anos, 

principalmente de 2008 a 2010, a estagnação 

na produção da cana-de-açúcar (clima e investi-

mentos), a falta de investimentos em novas usinas 

produtoras de etanol, a manutenção artificial do 

preço da gasolina e a rentabilidade inexistente do 

etanol hidratado afetaram a indústria deste produto 

e, consequentemente, a rentabilidade do setor.

Definição das fases

Shikida (1998) divide a expansão de produ-

ção de álcool no Brasil iniciada com o Proálcool 

em três fases, como descrito, terminando a aná-

lise com o período de 1986 a 1995, denominado 

desaceleração. Seguindo a ordem cronológica, 

consideram-se neste estudo outras três fases, que 

sucederam as definidas por Shikida: Adormeci-

do (1996–2002), Revolução flex (2003–2008) e 

Incerteza/estagnação (2009–2013). Nas Figuras 

2 e 3, as linhas verticais distinguem as três fases, 

que estão mais relacionadas à produção do eta-

nol hidratado (Figura 3).

O Norte-Nordeste apresenta constância 

de produção no período, dentro do intervalo 

de 1,3 bilhão a 2,4 bilhões de litros, enquanto 

o Centro-Sul, responsável por aproximadamente 

90% (em média) da produção total de etanol, 

tem maior variabilidade.

A Figura 3 mostra dados da produção de 

etanol anidro e hidratado. Depois da crise do 

Proálcool, a fase Adormecido, período marcado 

pela desregulamentação do setor, é caracterizada 

por aumento na produção de etanol anidro, por 

causa da retomada do crescimento do consumo 

da gasolina (diante da crise do programa) e pela 

queda acentuada do consumo do hidratado. 

O etanol hidratado continuou a ser produzido 

para o abastecimento da frota de veículos a álco-

ol da década de 1980 e início da de 1990, já que 

o licenciamento de autoveículos leves a álcool, 

segundo a Anfavea (ASSOCIAÇÃO NACIONAL 

DOS FABRICANTES DE VEÍCULOS AUTOMO-

TORES, 2013), representou, entre 1996 e 2001, 

menos de 1%.

A fase seguinte é denominada Revolução 



flex por causa nova tecnologia e dos efeitos sobre 

todo o setor sucroenergético, com ênfase no eta-

nol hidratado (Figuras 2 e 3), e sobre as vendas 

de carros flex, já que estes representaram 87% 

dos autoveículos leves licenciados (Tabela 2).

Diante da predominância dos carros flex, a 

produção de etanol hidratado passou de 5,6 bi-

lhões de litros na safra de 2002–2003 para mais 

de 18,1 bilhões de litros na safra de 2008–2009, 


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ou seja, mais do que triplicou em sete safras, 

fato que expressa o investimento feito pelo setor 

diante dessa ‘revolução’. A produção do etanol 

anidro variou entre 7 bilhões e 9,3 bilhões de 

litros, com produção média de 8,2 bilhões de 

litros. Destaca-se a inversão na produção de 

hidratado e anidro, já que a de hidratado iniciou 

o período abaixo da produção do anidro e termi-

nou duas vezes maior.

Depois dessa fase de expansão caracteri-

zada pelas vendas de etanol superiores à de ga-

solina, sendo o auge em 2008, uma crise atinge o 

setor, e a produção de etanol hidratado começa 

a declinar, caindo de 18,6 bilhões de litros na sa-

Figura 2. Produção de etanol do Centro-Sul e do Norte-Nordeste, em bilhões de litros, nas safras de 1995–

1996 a 2012–2013.

Fonte: elaborado com base nos dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (2013d).

Figura 3. Produção brasileira de etanol anidro e hidratado, em bilhões de litros, nas safras de 1995–1996 a 

2012–2013.

Fonte: elaborado com base nos dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (2013a, 2013b).


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fra de 2009–2010 para 13,96 bilhões de litros na 

safra de 2012–2013. Na direção contrária, a pro-

dução de etanol anidro aumentou de 7 bilhões 

de litros na safra de 2009–2010 para 9,6 bilhões 

na safra de 2012–2013. Como a gasolina e o 

etanol hidratado são substitutos perfeitos para os 

carros flex, o preço do hidratado acima de 70% 

do preço da gasolina incentiva a demanda do 

combustível fóssil, o que contém porcentagem 

de etanol anidro determinado por lei. Essa fase é 

denominada Incerteza/estagnação.

No entanto, o Estado de Mato Grosso do 

Sul, tradicional produtor de soja e na pecuária, 

recebeu investimento em novas unidades produ-

tivas durante o período de Incerteza/estagnação, 

passando de 14 usinas na safra de 2008–2009 

para 23 na safra de 2012–2013. No Estado de 

Mato Grosso, também tradicional em soja e pe-

cuária, o número de usinas no período variou de 

9 a 11. (BRASIL, 2013).

Goiás é o maior produtor de etanol (Fi-

gura 1) do Centro-Oeste. Nele, o número de 

usinas cresceu na fase de Incerteza/estagnação, 

passando de 29 na safra de 2008–2009 para 34 

na safra de 2012–2013. (BRASIL, 2013).

Complementado a análise de Shikida 

(2013), que trata das causas da expansão do se-

tor sucroenergético para a região Centro-Oeste, 

Vian (2003) e Vian e Moraes (2005) citam como 

responsáveis pelo fato a topografia (terras planas) 

e as condições climáticas que permitem alta 

produtividade.

Neste contexto, cita-se o ZaeCana

18

 



(BRASIL, 2009), no qual foi estimada, para Mato 

Grosso, área de mais de 2,5 milhões de hectares 

aptas ao plantio de cana; para Mato Grosso do 

Sul, um número maior foi estimado – 6,2 mi-

lhões de hectares. Essas áreas referem-se apenas 

a localidades com alta ou média expectativa 

para a produtividade da cultura, considerando 

também a substituição de áreas destinadas à 

agropecuária e pastagem. Um fato relevante é 

que no ZaeCana considerou-se que o plantio 

de cana-de-açúcar só poderia ser feito em áreas 

onde seja possível a colheita mecanizada.



Retomada de crescimento?

No tocante aos três grupos delimitados 

para explicar grande parte da crise depois de 

2008, inicia-se pelo agronômico. As análises do 

Conab ressaltam que o ganho de produtividade 

na safra de 2013–2014 foi, em grande parte, por 

causa do aumento da renovação dos canaviais. 

Isso permite inferir que as políticas públicas 

implementadas pelo governo federal para a ex-

pansão produtiva, com ênfase na renovação dos 

canaviais, surtiram efeito.

A crise financeira de 2008–2009 ainda 

apresenta consequências nefastas para setor 

sucroenergético. Como citado, a crise ocorreu 

em um momento de altos investimentos diante 

da expectativa de crescimento do mercado 

mundial de etanol. O cenário econômico do 

pós 2008 resultou em usinas desativadas, algu-

mas em recuperação judicial e muitas com alto 

endividamento.

Já com respeito ao mercado, o principal 

problema é a politica adotada pelo governo em 

relação ao preço da gasolina: ele tem sido man-

tido em nível condizente com a política atual de 

controle da inflação. No entanto, o mecanismo 

afeta a competitividade do etanol e traz prejuí-

zos significativos para o setor. É necessário que 

haja uma politica transparente para o uso de 

biocombustíveis que permitam planejamento de 

médio e longo prazos.

Outro ponto que merece destaque é a pro-

dução no Centro-Oeste. O clima propício para a 

cultura da cana-de-açúcar e grandes áreas aptas 

ao plantio mecanizado vem alterando o papel 

da região na dinâmica do mercado brasileiro de 

etanol. Investimentos em logística, como o álco-

olduto, poderá permitir maior expressão dessa 

região na produção do combustível renovável.

18 

O objetivo do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar (ZaeCana) é “fornecer subsídios técnicos para formulação de políticas 



públicas visando a expansão e produção sustentável de cana-de-açúcar no território brasileiro” (BRASIL, 2009, p. 2).

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Apesar das referidas política terem impor-

tância para a retomada do crescimento da ativida-

de canavieira, não se pode deixar de mencionar 

a necessidade de ganhos em produtividade, 

que se traduzem em menores custos médios de 

produção. Se houver incentivos governamentais 

e privados para que isso ocorra, os beneficiados 

serão não só os agentes do segmento produtor, 

mas também os consumidores.

Como os mercados são integrados, even-

tuais políticas de incentivo que ocorram em 

determinado estado do Centro-Sul terão efeito 

nos preços dos demais estados dessa região 

(MORAES, 2014).

Considerações finais

A Segunda Guerra impulsionou a pro-

dução interna de etanol anidro por causa da 

escassez da gasolina, que era, no caso brasileiro, 

quase totalmente importada. Nesse período, a 

legislação estabelecia a adição de 5% de álcool 

anidro à gasolina. Com a criação do IAA, em 

1933, pesquisas de aperfeiçoamento da pro-

dução de etanol foram geradas no Brasil, mas 

não tão expressivas como as que passaram a ser 

feitas depois da década de 1970. Outros países, 

por motivos evidentes, procuraram fontes alter-

nativas ao petróleo, como o etanol de milho ou 

beterraba, além do biodiesel.

Os choques do petróleo na década de 

1970 afetaram o modelo brasileiro de transporte, 

que era baseado em modais escolhidos na épo-

ca de petróleo barato. Diante dessa situação, o 

etanol da cana-de-açúcar, entre as alternativas 

de matéria-prima, foi o escolhido para o Pro-

álcool, lançado em 1975, sendo esse então o 

primeiro grande impulso ao etanol no País. Em 

1979, inicia-se a produção em larga escala do 

etanol hidratado diante da fabricação dos carros 

movidos apenas com esse combustível. O auge 

do programa ocorreu no fim da década de 1980.

No fim da década 1980 e início da de 

1990, o problema de desabastecimento de eta-

nol e dos carros movidos a etanol, a abertura 

econômica que possibilitou a importação de 

veículos (a maioria movida à gasolina) e, princi-

palmente, a queda no preço do petróleo e seus 

derivados levaram o programa à desaceleração e 

crise. De 1996 a 2002, a produção de etanol no 

País permaneceu estagnada.

Porém, em 2003 a parceria entre empresas 

de autopeças e empresas automotivas resultou 

em nova tecnologia, que possibilitou ao consu-

midor escolher gasolina ou etanol no momento 

de abastecer. A tecnologia flex gerou o segundo 

grande impulso ao etanol no Brasil; o licencia-

mento de automóveis e comerciais leves cresceu 

de forma acentuada a partir de 2005, chegando 

a aproximadamente 90% na década atual. Essa 

fase, denominada Revolução flex (2003–2008), 

é caraterizada pela expansão da atividade ca-

navieira para regiões que não as tradicionais, 

como o Centro-Oeste, pouco beneficiada com 

investimentos do Proálcool.

Mas estagnação na produção da cana-

-de-açúcar por causa do clima não favorável, 

os baixos investimentos no setor causados pela 

crise mundial que se iniciou em 2008–2009, a 

manutenção de estabilidade artificial do preço 

da gasolina, e a falta de uma política de médio 

e longo prazos para combustíveis no Brasil são 

alguns dos fatores que afetaram a produção de 

etanol no País nos últimos cinco anos, na fase 

que pode ser chamada de Incerteza/estagnação.

Vale citar que, mesmo nessa fase, Goiás e 

Mato Grosso do Sul apresentaram aumento do 

número de usinas em operação. Por causa das 

condições edafoclimáticas favoráveis, o Centro-

-Oeste é a região de maior potencial de cres-

cimento, principalmente se eliminados entraves 

logísticos para o escoamento da produção de 

etanol.

Na era de combustíveis líquidos, o etanol, 



considerado combustível avançado, ainda tem 

importante papel a desempenhar no abasteci-

mento da frota de automóveis e comerciais leves. 

Para tanto, há necessidade de abandonar o me-

canismo de congelamento do preço da gasolina 

como instrumento de contenção inflacionária 



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e de adotar políticas governamentais de médio 

e longo prazos para uso de biocombustíveis. 

Isso poderia resultar numa retomada do cresci-

mento da atividade canavieira, especialmente 

no Centro-Oeste, pois a expansão nessa região 

depende em grande medida de investimentos 

em infraestrutura, como o álcoolduto.

Há que se considerar também a necessida-

de de mudança de patamar no que diz respeito 

à produtividade. Maior produção de etanol por 

hectare de cana plantada (o que inclui ganhos 

agrícolas e industriais) pode ser o fator mais 

importante para a sustentabilidade de programas 

que visem à substituição de combustíveis fósseis 

por renováveis.

Referências

ANCIÃES, A. W. (Coord.). Avaliação tecnológica do 



álcool etílico. Brasília, DF: CNPq, 1980. 514 p.

ANDRADE, E. T. de; CARVALHO, S. R. G. de; SOUZA, 

L. F. de. Programa do Proácool e o etanol no Brasil. 

Engevista, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 127-136, dez. 

2009.


ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE 

VEÍCULOS AUTOMOTORES. Anuário Estatístico da 



Indústria Automobilística do Brasil 2013. Disponível em: 


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