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Princípios de Hematologia e Hemoterapia (Resumo) - Copia

ANTICOAGULANTES 

 

OBJETIVOS: Descrever as principais substâncias com efeito anticoagulante “in vitro” e “in vivo”. Estudar o 

mecanismo  de  ação  da  heparina  e  dos  derivados  cumarínicos.  Analisar  os  antídotos  dos  principais 

anticoagulantes. Estudar os antiagregantes plaquetários. 

 

CONCEITOS GERAIS: 



 

Existem  substâncias  que  tem  a  propriedade  de  impedir  a  formação  do  coágulo  sanguíneo.  Estas 

substâncias  interferem na cadeia de reações dos fatores da coagulação, impedindo a sua progressão ou, 

alternativamente,  inibem  a  produção  hepática  de  fatores  essenciais,  reduzindo  a  sua  concentração  no 

sangue  circulante.  As  substâncias  que,  quando  adicionadas  ao  sangue,  impedem  a  sua  coagulação  são 

conhecidas como anticoagulantes. 

Em  condições  normais,  há  equilíbrio  entre  as  substâncias  pró‐coagulantes  e  as  substâncias 

anticoagulantes  do  sistema  de  coagulação,  que  mantém  o  sangue  na  forma  líquida.  Em  determinadas 

condições o equilíbrio fisiológico pode se romper e, nessas circunstâncias, formam‐se coágulos no interior 

dos vasos sanguíneos. 

O  coágulo  formado  no  interior  de  um  vaso  sanguíneo  é  chamado  de  trombo.  O  mecanismo  de 

formação  dos  trombos  é  denominado  trombose.  A  principal  consequência  da  trombose  é  a  interrupção, 

parcial  ou  completa,  do  fluxo  de  sangue  através  do  vaso  em  que  o  trombo  está  localizado.  A  isquemia 

produzida pela interrupção do fluxo de sangue em uma artéria pode produzir a necrose dos tecidos, cuja 

nutrição depende da artéria obstruída. A necrose tissular produz danos funcionais aos órgãos, de extensão 

e gravidade variáveis. Esse é o mecanismo das tromboses cerebrais e coronarianas, que levam ao infarto 

cerebral ou do miocárdio, respectivamente.  

A  formação  do  trombo,  mais  comumente,  é  iniciada  por  alterações  da  parede  interna  dos  vasos, 

artérias  ou  veias,  que  propiciam  a  adesão  plaquetária;  ocasionalmente,  entretanto,  outros  mecanismos 

podem ser responsáveis pelo desencadeamento da trombose. 

O fluxo continuado do sangue, em torno de coágulos recentemente formados, pode produzir a sua 

liberação na circulação. O trombo circula livremente até encontrar um vaso cujo diâmetro seja suficiente 

para  retê‐lo.  O  trombo  livre  em  circulação  é  denominado  êmbolo.  A  liberação  dos  êmbolos  e  sua 

subsequente  retenção  em  vasos  distantes  do  local  em  que  foram  formados  é  denominada  embolia. 

Tromboses e embolias podem ocorrer tanto no segmento arterial quanto no segmento venoso do sistema 

circulatório.  

No  organismo  humano,  alterações  da  parede  interna  dos  vasos  (endotélio),  excessiva  lentidão  do 

fluxo  sanguíneo  ou  predomínio  da  concentração  dos  pró‐coagulantes,  são  fatores  que  predispõem  à 

trombose.  Nessas  condições  a  trombose  pode  ser  prevenida  pela  administração  de  substâncias 

anticoagulantes ou de substâncias que inibem a agregação plaquetária. 

 

 


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