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Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
170 
|
 
GRÁFICO 3
Rendimento da produção de etanol e de ATR durante a expansão e a atual crise (2002-2013)
(Em l/ha e kg/ha)
Rendimento etanol (l/ha)
Rendimento em ATR (kg/t de cana moída)
120
125
130
135
140
145
150
155
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
ATR (kg/ha)
Etanol (l/ha)
Fonte: Consecana (2006), Brasil (2013) e Nastari (2014). 
Elaboração do autor.
Conforme já abordado neste livro, entre os fatores que ampliam essas 
dificuldades: a conjuntura marcada pelo alto grau de endividamento e crise; o 
alto custo do crédito; a baixa rentabilidade do etanol – nas últimas quatro safras, 
principalmente; e o complicado desenho de relações entre os elos da cadeia produtiva, os 
quais dificultam a previsibilidade da lucratividade nas distintas etapas da produção. 
Até mesmo se desconsiderando a vertiginosa queda na quantidade de ATR da cana 
moída, em 2009 – devido a pragas, variações climáticas acentuadas e adaptação de 
tecnologias –, nota-se que a perda de rendimento na lavoura foi mais impactante que 
na etapa industrial (litros de etanol/ha). Este fato está em linha com as dificuldades 
listadas, bem como com as mudanças e as adaptações tecnológicas, principalmente 
na colheita da cana. 
Historicamente, entretanto, o ganho de rendimento agroindustrial – 
considerando-se toda a cadeia produtiva do etanol, nos quarenta anos da produção 
em larga escala (1975-2015) – tem sido expressiva. Segundo dados do Ministério 
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) (Brasil, 2013), de Dunham, 
Bomtempo e Fleck (2011) e Nastari (2014), desde o Proálcool, em 1975, até a 
safra do período 2013-2014, o rendimento médio por área plantada – expresso em 
etanol hidratado equivalente
5
  – passou de 2.024 l/ha para 7.105 l/ha. O alcance 
de até 9 mil l/ha, em sistemas de produção mais avançados estaria próximo do 
limite de rendimento a partir da tecnologia de primeira geração, fato que motivou 
estudos e o início da produção de etanol de segunda geração.
5. Etanol hidratado equivalente representa a soma do etanol hidratado produzido mais o etanol anidro, considerando-se 
multiplicador (em torno de 1,15) que equivale ao teor de água na desidratação.

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
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 171
As disparidades de produtividade manifestam-se também no conjunto da 
agroindústria. Estas resultam tanto da defasagem na adoção de tecnologias quanto 
de reflexos de opções na gestão (Carvalho, 2009) e de distintos sistemas de produção 
(Oliveira e Nachiluk, 2011). Há sistemas/empreendimentos que operam com 
rendimento médio de 5,5 mil litros de etanol/ha, enquanto outros alcançam 
9 mil l/ha de etanol.
Antes de entrar no ponto central deste trabalho, cabe posicionar o leitor 
acerca de algumas possibilidades e tendências de tecnologias na cadeia produtiva 
canavieira. Interessa aqui ressaltar a importância de analisar a cadeia produtiva 
como um todo, com destaque para as dificuldades de produtores e donos de terras. 
Importa também compreender como os investidores analisam as possibilidades 
de uso da cana na produção de etanol e energia elétrica da cogeração. Esta escolha 
leva à concorrência pela biomassa entre produtos (etanol ou energia elétrica), a 
depender de como a indústria usa o bagaço e a palha (folhas deixadas na lavoura) 
para queima ou produção de etanol celulósico, por exemplo. A figura 1 ilustra, em 
resumo, tais possibilidades em distintos cenários de rendimento da cana-de-açúcar, 
considerando-se os parâmetros de rendimento médio e o âmbito da cadeia. 
FIGURA 1
Perspectivas de tecnologias e ganhos de rendimento da cana-de-açúcar – Brasil
Legenda
RM = rendimento médio
CCA: cana convencional atual
CCF: cana convencional futura
CEF: cana energia futura
ATR: açúcar total recuperável
Produção: condições atual e futura
Cenários tecnológicos
Tecnologias industrias:
• Eficiência energética na produção: 
+7,5% da energia total da cana
• Enzimas e leveduras: sem dados
• Etanol 2G (celulósico): +25 a 35% – 
depende do uso da cana
Outras tecnologias agrícolas e ganhos 
estimados sobre o RM atual de 75 t/ha:
• Plantio (CCA, 2015): +12% a 15%
• Colheita (CCA, 2015): +12% (técnicas + equipamentos)
• Variedades atuais (CCA, 2015): +70% RM (≠ padrão CCA)
•  Novas variedades (CCF e CEF, 2025): +200%
Matéria-prima 
base: ATR
(açúcares) + 
Fibras (Lignina, 
celulose)
Produtos:
Etanol, açúcar 
e outros 
sucroquímicos
Energia elétrica
Etanol 2G
2015
2025
2035
CCA
CCA
CCE e CEF
RM ~ 300 t/ha
RM ~ 150t/ha
RM ~ 75t/ha
Fonte: Ridesa (2010), CTC (2012) e Belardo, Cassia e Silva (2015).
Elaboração do autor.

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
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|
 
Na figura, o rendimento médio na faixa de 80 t/ha corresponde à situação 
atual, enquanto o RM de 150 t/ha e 300 t/ha, com a inclusão da cana energia, 
trata-se de possibilidades em fase de testes. A perspectiva é que, ao longo de toda 
a cadeia produtiva, seja possível alcançar mais de 30% de ganho de rendimento 
acima da média atual com novas técnicas (12% no plantio e mudas, 12% na 
colheita e 7,5% com eficiência de processo industrial e energético) e mais 100% 
com novas variedades. Como se verá na seção seguinte, há propriedades rurais em 
que já se alcançam 150 t/ha, em dado ciclo do corte – o primeiro e o segundo 
cortes, de cinco ou seis do ciclo completo, têm maior rendimento. Cabe observar 
que os percentuais indicados na figura para ganhos de rendimento sobre cada etapa 
ou processo de melhoria em curso se somam, independentemente de a cana ser 
utilizada para etanol (1g ou 2g), açúcar ou geração de energia. 
Ainda não se vislumbra alternativa para que a cadeia produtiva sucroenergética 
deixe de ser um apêndice do setor de petróleo e combustíveis em geral, cujo porte 
e estrutura são muito maiores. Tal característica pode induzir o aumento da 
produção de energia elétrica, na perspectiva da cana com grande rendimento de 
fibra (cana energia) ou até mesmo no nível de RM de 150 t/ha. Este aspecto é 
relevante na configuração de políticas públicas, sabendo-se que cabe ao Estado 
promover a produção dinâmica e a concorrência, bem como indicar caminhos e 
incentivos quando quiser priorizar um produto ou outro. Nesta última hipótese, 
é sempre importante não adotar medidas que beneficiem um elo apenas da cadeia 
produtiva ou que conduzam à escolha de tecnologias vencedoras a priori.
Diferentemente do Brasil, nos países em que não há as mesmas condições 
naturais de produção da cana-de-açúcar, a alternativa do etanol celulósico é 
perseguida com todo afinco. Isto porque as opções atuais – a exemplo do etanol de 
milho nos Estados Unidos – são de baixa eficiência energética (Fargione et al., 2008; 
Jank e Nappo, 2009) e limitadas em quantidade. Assim, dependem de forte subsídio. 
No caso brasileiro, contudo, as conhecidas vantagens levam a uma situação distinta. 
Aqui, a viabilidade tem sido experimentada há quarenta anos, mesmo admitindo 
a crise atual e suas causas internas e externas à cadeia produtiva. 
Desse modo, como evidenciam indicadores usados por Milanez et al. (2015) 
e Belardo, Cassia e Silva (2015), há fatores que levam à necessária complementaridade 
de tecnologias agrícolas e industriais como a primeira e a segunda geração de etanol. 
Entre estes fatores, estão:
•  a grande importância do mercado de açúcar, do qual o Brasil detém 45% 
das exportações mundiais; 
•  o baixo custo de produção do etanol de primeira geração, comparativamente 
ao custo do etanol celulósico em cadeia fechada – atualmente, a produção 
deste último é efetiva apenas no tocante à palha e ao bagaço, concorrendo 
com a cogeração elétrica, cada vez mais viável e cujo mercado pode ser 
maior do que o de etanol;

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
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 173
•  a grande capacidade instalada de produção de açúcar etanol e no padrão de 
primeira geração – que envolve custos de adaptação para mudanças drásticas; 
•  uma série de pesquisas que se aplicam tanto ao etanol de 2g quanto ao de 1g, 
ambas com agregação de rendimento técnico; e
•  o fato de que toda mudança irá requerer capacidades de gestão e recuros 
em condições satisfatórias, o que depende das condições econômicas. 
Em meio a todos esses fatores que indicam a complementaridade de tecnologias – 
no presente e no futuro próximo –, há uma certeza que cabe adiantar: o fator 
determinante do sucesso na atividade continuará a ser, como tem sido, a produção 
de matéria-prima de forma competitiva. Para os produtores – agrícolas e industriais –, 
o desafio central, seguindo o ponto de vista da complexa relação na cadeia produtiva, 
continua a ser o de aumentar suas respectivas margens econômicas na mesma 
proporção da sua contribuição para o aumento da produtividade. A ampliação 
e a continuidade de cuidados ambientais e sociais na produção tornam-se suas 
aliadas potenciais de maior peso neste sentido, como sinalizam políticas recentes.
3 METODOLOGIA 
Para a estimação do impacto na produção decorrente de possíveis ganhos de 
produtividade agrícola, foram utilizados os seguintes critérios.
1)  Identificação das microrregiões produtoras de cana-de-açúcar com 
produção significativa para o etanol (áreas acima de 2.000 ha,
6
 na 
média do período 2010-2013, suficientes para uma planta industrial 
de 40 mil l/dia). Utilizaram-se dados do Censo Agropecuário 2006 
(IBGE, 2009) e da PAM do IBGE (2014).
2)  Identificação, entre as localidades selecionadas em “1”, daquelas situadas 
na área do Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar (ZAE Cana) – em 
publicação elaborada por Embrapa e Mapa (Brasil, 2009) –, que seriam 
objeto de fomento, tendo-se em vista o etanol. A escala utilizada foi a 
de municípios.
3)  Definição (ad hoc) das faixas de produtividade (rendimento agrícola ou 
agronômico) no grupo de microrregiões com produção em escala para etanol. 
Partiu-se da mediana obtida da frequência de todas as microrregiões 
produtoras, somando-se a cada estrato um quarto (ou 12,25 t/ha) da amplitude 
da distribuição (entre 40 t/ha e 105 t/ha registradas nas quatro safras). 
4)  As faixas resultantes do item “3” foram: i) estrato inferior: RM entre 
40 t/ha e 56,25 t/ha; ii) estrato médio-inferior: RM acima de 56,25 t/ha 
até 72,5 t/ha; iii) estrato médio-superior: RM acima de 72,5 t/ha até 
88,8 t/ha; e iv) estrato superior: RM acima de 88,8 t/ha.
6. A rigor, a área de 2 mil ha indica potencial de suprir a demanda potencial, que é o fator de interesse neste trabalho. 
Não há, necessariamente, de haver uma planta já instalada. 

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
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|
 
O quadro 1 resume as definições e as condições apresentadas. Faz-se a ressalva 
de que os cenários 2 e 3 são temporalmente definidos ad hoc para 2018 e 2022 
e, embora factíveis pelos parâmetros produtivos e tecnológicos atuais e ajustes, 
dependem de como se promovem e se adequam as condições na cadeia produtiva. 
QUADRO 1
Cenários e condições de ensaio de ganhos de produtividade
Abrangência e faixas 
de rendimento médio
Cenário 1 (safras 2010-2013)
Cenário 2 (2017)
Cenário 3 (2022)
RM
1
 atual 
RM atual ajustado + 20% a 30% RM atual ajustado + 50%
Microrregiões com escala para etanol 
(mais de 2.000 ha de área e RM > 40 t/ha)
A mesma área
A mesma área
Retoma condição de maior RM 
registrada em 2009
Área total igual 
Redução de disparidades
Mercado mais dinâmico
 Estrato inferior
RM entre 40 t/ha e 56,25 t/ha
A estimar para as microrregiões 
produtoras atuais
A estimar para as microrregiões 
produtoras na área do ZAE 
Cana com possibilidade de 
substituição
 Estrato médio-inferior
RM acima de 56,25 até 72,5 t/ha
Estrato médio-superior
RM acima de 72,5 t/ha até 88,8 t/ha
Estrato superior
RM acima de 88,8 t/ha
Parâmetros de produção do etanol 90 l/t
Sem alterações
90 a 100 l/t 
Elaboração do autor.
Nota: 

RM = rendimento médio.
Embora de reconhecida simplicidade, esses critérios permitem discutir, 
inicialmente, medidas de dinamização produtiva em microrregiões com escala de 
produção de etanol. Isto porque retira da base de cálculo comumente utilizada para 
o cálculo da produtividade tanto a área e a produção quanto a força de trabalho 
não dedicadas à atividade sucroenergética – por exemplo: plantio para consumo 
de animais e por outras atividades econômicas. 
São utilizados dados do IBGE, principalmente da PAM, levantamentos de 
safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e dados de produção do 
Mapa para o diagnóstico e o apontamento de possibilidades ou cenários de evolução 
dos indicadores de rendimento. Com vistas a discutir a estrutura da agroindústria 
em diversos períodos, são também utilizadas informações da Pesquisa Industrial 
Anual (PIA) (IBGE, [s.d.]) e do setor produtivo.
Considera-se aqui a produção a partir de técnicas atuais, já adotadas em 
pelo menos parte dos estabelecimentos. Estimativas para períodos longos – com 
mudanças em padrões e coeficientes técnicos – utilizam outras variáveis e cenários 
macroeconômicos, além de respostas a incentivos e mudanças tecnológicas, efeitos 
desencadeados das mudanças em outras etapas produtivas.

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
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4 RESULTADOS 
Utilizando-se a delimitação por faixas, observa-se (gráfico 4) que o rendimento 
médio segue a heterogeneidade já comentada, até mesmo para as microrregiões 
com escala de produção – foram incluídas dez microrregiões com produtividade 
a partir de 30 t/ha até 40 t/ha, por terem apresentado produção significativa na 
média do período 2010-2013 e estarem em microrregiões com produção de etanol. 
A grande maioria das microrregiões produz na faixa entre 45 t/ha e 95 t/ha. 
GRÁFICO 4
Distribuição das microrregiões produtoras de cana-de-açúcar por faixa de rendimento médio 
(2010-2013)
(Em t/ha)
0
5
10
15
20
25
30
35
Até 30
Acima de
30 até 35
Acima de
35 até 40
Acima de
40 até 45
Acima de
45 até 55
Acima de
50 até 55
Acima de
55 até 60
Acima de
60 até 65
Acima de
65 até 70
Acima de
70 até 75
Acima de
75 até 80
Acima de
80 até 85
Acima de
85 até 90
Acima de
90 até 95
Acima de
95 até 100
Acima de
100
Fonte: IBGE (2014).
Elaboração do autor.
A tabela 1 apresenta os resultados do exercício, destacando-se que, do total 
de 237 microrregiões consideradas produtoras, 173 têm o porte de produção de 
etanol em larga escala – as demais poderão ter no futuro. Destas 173 microrregiões 
com produção acima de 2 mil ha, as trinta microrregiões de mais baixo rendimento 
representam apenas 6,65% da área colhida e as dez de mais alto rendimento 
representam apenas 4,23% da área colhida. Por sua vez, agrupando-se os estratos 
de baixo e médio-baixo rendimento (total de 89 microrregiões), obtêm-se 27,08% 
da área colhida, ou 22,05% da produção, cujo rendimento é inferior a 66 t/ha – 
ou seja, abaixo da média do país.
7
7. Na tabela, constam as microrregiões com área acima de 1.000 ha, mas abaixo de 2.000 ha (2,38% do total), consideradas 
de pequeno porte para o etanol. Devido à sua baixa produtividade, não devem constar da base de cálculo de 
estudos do setor sucroenergético. Para outros fins, entretanto, tal produção pode ser relevante, como na cadeia produtiva 
da cachaça/rapadura/açúcar, casos em que se admitem produtividades mais baixas.

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
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TABELA 1
Produção e produtividade nas microrregiões por faixa de rendimento médio (2010-2013)
(Em t)
Abrangência e faixas de rendimento médio
Número
Área colhida (média das 
safras 2010-2013)
Produção (média das 
safras 2010-2013)
RM
1
(ha)
(%) Brasil
(t)
(%) Brasil
(t/ha)
Brasil – microrregiões produtoras 
(mais de 1.000 ha de área colhida)
237
9.644.644
100
735.159.396
100
76,28
Microrregiões com escala para etanol 
(mais de 2.000 ha de área e RM
1
 > 40 t/ha)
 
173
9.414.710
97,62
724.038.136
98,49
76,90
Estrato inferior
30
626.422
6,65
31.894.127
4,41
50,91
Estrato médio-inferior
59
1.923.412
20,43
127.747.144
17,64
66,42
Estrato médio-superior
74
6.466.177
68,68
527.253.239
72,82
81,54
Estrato superior
10
398.700
4,23
37.143.626
5,13
93,16
Fonte: IBGE (2014). 
Elaboração do autor.
Nota: 

RM = rendimento médio.
A tabela 2 traz os resultados da extensão do exercício com valores de ganhos de 
produtividade estimados para as próximas safras, a partir de acréscimos em relação 
à média Brasil e à média de cada grupo ou estrato de produtores antes definidos. 
A estimativa parte de premissas de curto prazo, em cenário de recuperação dos 
padrões da safra do período 2008-2009, por meio de medidas já adotadas pelos 
produtores, como manejo e renovação de canaviais. Em seguida, faz-se a estimativa 
para a perspectiva real de ganhos de rendimento por área até 100 t/ha, já efetiva 
em alguns municípios e microrregiões.
TABELA 2
Possíveis impactos dos ganhos de produtividade na produção da cana-de açúcar
(Em t)
Faixas de rendimento médio
Até a média Brasil 
(76,90 t/ha)
Aumento na produção como resposta a ganhos de rendimento médio – 
base: média 2010-2013
20% acima da média 
Brasil (92,29 t/ha)
20% acima da média 
do grupo (t)
30% acima da média 
Brasil (99,97 t/ha)
Microrregiões produtoras 
36.453.671
145.156.856
144.807.627
217.150.447 
Estrato inferior
16.280.846 
25.915.841 
6.378.825 
30.729.280 
Estrato médio-inferior
20.172.825 
49.756.818 
25.549.429 
64.536.354 
Estrato médio-superior
0
69.484.197 
105.450.648 
119.170.425 
Estrato superior
0
0
7.428.725 
2.714.388 
Fonte: IBGE (2014). 
Elaboração do autor.
Os resultados mostrados na tabela 2 indicam que – até mesmo com considerável 
aumento de produtividade no grupo de baixo rendimento agrícola, fazendo-o 
alcançar a média Brasil –, o resultado em termos de produto seria marginal (total 
de 5,4%, sendo 2,25% no estrato 1 e 2,79% no estrato 2). Por sua vez, além de 
serem mais prováveis, os ganhos de produtividade de regiões especializadas (estratos 
médio e superior) impactariam fortemente a produção, dado que respondem por 
90% da cana utilizada na atividade sucroenergética.

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
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Em razão da heterogeneidade produtiva, e tendo-se em vista as conhecidas 
defasagens de tempo na adoção de tecnologias pelos empreendimentos, cabe 
observar que mudanças mais radicais dependerão de fortes investimentos e boas 
perspectivas de margens de lucro nos elos da cadeia produtiva. A tabela 3 apresenta 
os resultados da estimativa para um novo patamar de faixas de ganhos de produtividade 
em 50%, com relação ao padrão atual, cuja expectativa é de médio prazo, já havendo 
tecnologias disponíveis. Inclui-se o aumento da produção de etanol hidratado 
equivalente, admitindo-se os valores médios do rendimento industrial na produção 
de etanol de primeira geração.
8
TABELA 3
Possíveis impactos na produtividade da cana-de-açúcar: perspectiva de novo patamar 
de rendimento por área colhida (2010-2013)
Estratos (rendimento 
agrícola médio)
Faixas de RM 
(t/ha)
Área atual 
(ha)
RM a alcançar 
(t/ha)
Ganho de cana 
(RM 50% maior 
por estrato) (t)
Participação 
adicional por 
estrato (%)
Produção 
adicional
1
 (l)
Inferior
40 a 56,25 
626.422
76,37
15.947.064
4,41
1.435.235.726
Médio-inferior
Acima de 56,25 a 72,5  1.923.412
99,63
63.873.572
17,64
5.748.621.458
Médio-superior
Acima de 72,5 a 88,8
6.466.177
122,31
263.626.620
72,82
26.362.661.963
Superior
Acima de 88,8 
398.700
139,74
18.571.813
5,13
1.857.181.313
Total
9.414.710
115,36
362.019.068
100,00
35.403.700.459
Elaboração do autor.
Nota: 
1  
Estratos inferior e médio-inferior, estimado o rendimento médio a valores atuais de 90 l/t; estratos médio-superior e superior
estimado o rendimento médio de 100 l/ha de etanol equivalente. 
Esse exercício evidencia, primeiramente, a importância do ganho de produtividade 
agrícola no resultado da produção do etanol. Até mesmo para os estratos de menor 
rendimento por área de cana-de-açúcar colhida, o alcance dos patamares de 76,37 t/ha 
e 99,63 t/ha permitiriam aumento da cana em 22% e cerca de 7 bilhões de 
litros adicionais à produção atual. Ao todo, no cenário utilizado de 50% 
de aumento no rendimento médio da cana, seriam acrescidos à oferta atual 
mais de 35 bilhões de litros de etanol hidratado equivalente.
Além desses ganhos, correspondente acréscimo de massa energética (palha e 
bagaço), resultante da elevação da produtividade da cana, estaria disponível para 
a energia elétrica ou a produção de etanol celulósico – quando estiver viável. 
É esperado que o destino desta biomassa ocorra a partir da definição natural do 
arranjo produtivo mais dinâmico, no conjunto da cadeia produtiva e de suas 
possibilidades. A possibilidade de maior produção de fibra, aliada a tecnologias 
de resistência a pragas e ao estresse hídrico – por exemplo, novas variedades e outras 
tecnologias –, amplia a alternativa de cultivo da cana, que pode beneficiar também 
localidades com menor produtividade atualmente. 
8. A produção de etanol de segunda geração é uma tecnologia de processo industrial, sempre dependente da produtividade agrícola. 
Para esta, a expectativa de rendimento é de até 300 t/ha, a longo prazo. Milanez et al. (2015) estimam ganhos com tal 
perspectiva, seguindo modelos que englobam o etanol celulósico e outras tecnologias agroindustriais em desenvolvimento.

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
178 
|
 
A continuidade dos estudos dessa natureza é desejável para a comparação entre as 
possibilidades de usos da biomassa da cana-de-açucar convencional, rica em açúcares, 
frente à cana padrão energia, rica em fibras (lignocelulose). Trata-se de responder à 
questão: a dinamização da produção induzirá os usos possíveis da biomassa ou os 
usos desejados por agentes mais bem estuturados induzirão a matéria-prima a ser 
ofertada? Do ponto de vista técnico, não há incompatibilidade de uso múltiplo; do 
ponto de vista da dinamização dos arranjos produtivos, contudo, é interessante que 
se aprofundem estudos que fomentem políticas sobre: 
•  as novas possibilidades e os limites dos estratos de produtividade aqui destacados; 
•  as formas de adoção das tecnologias disponíveis no plano regional e nos 
estratos de produtividade; e 
•  a ampliação do debate de novas formas de incentivo público aos distintos 
usos da biomassa energética, inclusive na perspectiva de veículos elétricos 
ou híbridos com o etanol. 
Acerca do último item destacado, mesmo que as políticas públicas não 
intencionem direcionar o mercado para um caminho ou outro – como é o caso da 
biomassa para etanol hidratado ou anidro, para a geração termoelétrica, ou para 
estabilidade de um mercado de veículos híbridos –, algumas escolhas do governo 
têm este poder. O apoio aos veículos movidos a energia elétrica/híbridos a etanol, 
por exemplo, pode ser medida sinalizadora de alternativas para os produtores rurais, 
em relação à sua adesão ou não à cadeia produtiva sucroenergética – a componente 
energia poderia ter maior peso na sua remuneração –, com reflexos na oferta do 
biocombustível.
4.1  Maior quantidade de biomassa por área amplia as possibilidades de arranjos 
produtivos e diversificação 
O aproveitamento de resíduos e de novos derivados da cana tem tido grande 
relevância para a agroindústria canavieira, contribuindo para a competitividade 
de toda a cadeia produtiva. Dados da PIA/IBGE apontam que esta mudança vem 
ocorrendo de forma contínua e bastante considerável. Por exemplo, a contribuição 
de etanol carburante no valor bruto da produção (VBP) da cadeia
9
 passou de 96% 
do total para 89% entre 2005 e 2012 (IBGE, [s.d.]). Esses 7 pontos percentuais da 
diferença no VBP, oriunda de outros produtos, alcançaram mercados significativos 
e sobre base crescente de mercado. A ampliação da oferta de matéria-prima dá 
espaço a perspectivas também neste âmbito, que inclui a incorporação de novas 
tecnologias de processo industrial.
9. De acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do Ministério da Fazenda (MF); 
no caso do etanol, a CNAE 1.9.31. Os dados constam na PIA Empresa e na Pia Produto (IBGE, [s.d.]).

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
|
 179
A oferta de bens produzidos a partir de coprodutos antes descartados, ou com 
baixa agregação de valor, tem sido parte da história recente na atividade sucroenergética 
e um dos fatores pelos quais a cana-de-açúcar é considerada a mais eficiente das 
matérias-primas para biocombustíveis (Fargione et al., 2008). Iniciada com o uso 
da vinhaça como fonte de fertilizante, seguida pelo uso da palha e do bagaço da 
cana para a geração elétrica, expandiu-se para produtos similares da cadeia do 
petróleo, a exemplo de plásticos biodegradáveis e outros polímeros.
A venda de energia elétrica a partir da queima do bagaço é o exemplo de 
diversificação para a competitividade mais efetiva em termos de volume, sendo 
a terceira fonte de receitas da agroindústria canavieira (Neves e Kalaki, 2015). 
A atividade foi impulsionada a partir da regulamentação específica, no final das 
décadas de 1980 e 1990, e, mais recentemente, reforçada por instrumentos de 
incentivo e pela contratação via atos mandatórios, com atuações da Empresa de 
Pesquisa Energética (EPE, 2014), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), 
sob coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME), concretizando leilões 
e outras ações para a compra e a venda de energia. 
Os planos e outros documentos de planejamento da oferta de energia trazem 
previsão de ampliação dessa fonte na matriz, com incentivos em parte consolidados e 
em parte em consolidação, para o consumo de energias oriundas de fontes renováveis. 
Iniciativas de concessionárias de energia elétrica têm ainda pequeno porte e são 
mais recentes nesta área.
Dados do Balanço Energético Nacional (BEN), elaborado pela EPE ([s.d.]) 
mostram que a disponibilização de energia elétrica das usinas – advinda da queima do 
bagaço da cana – saiu de 3,38% da geração primária para 15,15%, entre 1990 e 2013.
10
 
Parte deste total é comercializada pelos produtores e parte, destinada ao uso 
próprio. Com isso, a cogeração é fator de ampliação da viabilidade econômica das 
170 indústrias que comercializaram este tipo de energia, em 2014, em um total de 
379 plantas com moagem de cana. Em cenário de grande aumento de produtividade 
da matéria-prima (cana-de-açúcar e cana fibra), este importante componente 
da competitividade da cadeia tende a ter maior peso e a ofertar energia em outro 
patamar, como mostram os ensaios feitos por Milanez et al. (2015).
A possibilidade de uso de um terço a 50% do bagaço e da palha da cana – 
que atualmente são deixados na lavoura – poderia triplicar a oferta atual de 
geração elétrica por esta fonte, sem prejuízos ao solo. Belardo, Cassia e Silva (2015) 
e Dalben e Romanelli (2015) destacam uma série de opções tecnológicas e de 
gestões que possibilitam o uso da palha neste sentido. De acordo com Dalben e 
Romanelli (2015), o manejo da palha, retirando-a em quantidades adequadas de 
acordo com cada solo e clima, resulta em melhor rendimento da cana soca e ajuda 
no controle de pragas. 
10. Para mais informações a respeito de quantidades e formas de uso da energia do bagaço, ver os sites disponíveis em: 
e .

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
180 
|
 
Estudos em andamento tratam ainda de melhor definir o nível de matéria 
orgânica a ser mantida em cada tipo de solo, no caso de grande aumento do 
rendimento e conforme as variedades de cana convencional e da cana energia. 
Estudo recente de Dalben e Romanelli (2015) revelaram, em lavouras de Lençóis 
Paulista-SP, oscilação superior a 130% (entre 9.140 t/ha e 21.500 t/ha) na 
quantidade de palha gerada. Tal oscilação se deve a fatores como: variedade de cana 
utilizada; número do corte no ciclo; condições de plantio (espaçamento, solo, etc.); 
e rendimento da cana por área plantada. 
A hipótese de produtividade em torno de 300 t/ha, além de elevar a oferta de 
biomassa para a geração elétrica ou o etanol de segunda geração, pode trazer também 
novas expectativas de arranjos e contratos entre fornecedores de cana-de-açúcar 
convencional ou da cana energia e as usinas para remuneração da matéria-prima. 
Entretanto, antes mesmo deste patamar, que sinaliza ruptura tecnológica, ganhos 
incrementais e significativos de rendimento por área plantada – por exemplo, 20%, 
30% e 50% – poderão conferir aos produtores renda adicional com o correspondente 
aumento da palha. 
Para alcançar essas faixas de aumento, no caso dos produtores com maiores 
dificuldades, mencionam-se iniciativas locais, que – a exemplo de cooperativas, 
consórcios e condomínios para plantio e colheita da cana, destacados no 
capítulo 5 – podem ser alternativas que incorporam tecnologia e reduzem custos. 
Medidas para o apoio à organização produtiva desta natureza e a concessão de 
crédito específico para ganhos de produtividade, no contexto destes arranjos, são 
desejáveis e possíveis tanto no âmbito dos estados quanto no da União.
A hipótese de uma única inovação revolucionária na área sucroenergética é 
afastada, no caso brasileiro, diante do conhecimento de que há possibilidades de 
ganhos consideráveis nas diversas etapas e processos de produção. A exemplo dos 
avanços nas etapas agrícola e industrial, principalmente no caso do etanol 2G, 
como sinalizam os ensaios feitos por Milanez et al. (2015). O desafio, neste caso, 
continua a ser – como anunciado por NREL (2007) – o de reduzir o custo para 
US$ 1,07 por galão (3,6 l), a preços de 2002, seguindo previsão do Departamento 
de Energia dos Estados Unidos (DOE). 
Embora esse patamar de custos não tenha ainda se concretizado, a existência 
de plantas em operação na Itália, Brasil, Estados Unidos e outros países, ainda que 
em condições especiais, sinaliza brechas de viabilidade. No Brasil, foi estimado custo 
próximo de R$ 0,75/l para 2020 (CTBE, 2015), dando viabilidade econômica para o 
etanol 2G e tornando-o mais barato que o etanol de primeira geração. Entretanto, 
a composição de custos, bem como a comparação de rotas e opções de destinação 
a matéria-prima, ainda é precárias, deixando em aberto a corrida tecnológica e a 
viabilidade econômica no contexto da cadeia produtiva.

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
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 181
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este capítulo discorreu sobre a heterogeneidade da produtividade da cana-de-açúcar 
como um dos fatores de maior importância na cadeia produtiva, devido ao fato de a 
etapa agrícola representar cerca de 70% dos custos do etanol. Embora o rendimento 
médio da produção de etanol hidratado equivalente por área colhida tenha passado de 
2 mil l/ha, em 1975, para mais de 7 mil l/ha, em 2012 – havendo estabelecimentos 
com 9 mil l/ha –, a produção agrícola apresenta disparidades de rendimento médio 
por área. Há diferenças consideráveis entre estados, microrregiões, municípios e até 
mesmo entre empreendimentos vizinhos, com resultados entre 40 t/ha e 120 t/ha. 
Destacou-se o importante peso do aumento da produtividade agrícola, principalmente 
com a perspectiva de maior quantidade de biomassa para etanol ou a geração elétrica.
A separação por estratos apontou que 89 das 173 microrregiões produtoras 
têm produtividade abaixo de 72,5 t/ha, sendo classificadas como localidades de 
baixa a média-baixa produtividade. Sem considerar as possíveis rupturas tecnológicas 
capazes de levar a um grande salto de produtividade, esta realidade sugere a 
necessidade de atenção de políticas conforme cada realidade e especial atenção 
para estas localidades, que representam 27% da área colhida (22% da produção) 
na média do período 2010-2013. Estímulos à adoção de melhores variedades de 
cana-de-açúcar e de técnicas modernas de produção podem ser direcionados para 
regiões e produtores cujas lavouras apresentam produtividade abaixo da média 
municipal ou microrregional, além daquelas com baixo IAV. 
Por sua vez, a oferta de matéria-prima, supondo-se ganhos proporcionais de 
produtividade – por exemplo: 50% acima das médias atuais –, será maior caso 
ocorra nas microrregiões que já registram produtividades média e média-alta, como 
se espera, por responderem pela maior área plantada. Para que isto aconteça, porém, 
há necessidade de investimento de grande monta. De toda forma, seria significa-
tivo o acréscimo de 7 bilhões de litros de etanol na matriz, caso os produtores 
situados nos dois estratos de mais baixa produtividade aumentassem em 50% o 
rendimento médio de suas lavouras. Ao todo, estimou-se que seria possível produzir 
mais 35 bilhões de litros de etanol hidratado equivalente; portanto, dobrando-se 
a oferta atual, na hipótese de direcionamento de toda a produção adicional de 
cana-de-açúcar (ganho de 50% de rendimento da cana nas microrregiões produtoras) 
para o etanol e a geração de energia elétrica nos padrões tecnológicos já disponíveis. 
Entre as questões para aprofundamento estão: 
•  a identificação dos limites em que a baixa produtividade da cana-de-açúcar 
pode inviabilizar a produção, o que poderia reorientar outros usos do solo 
em regiões mais atrasadas neste aspecto; 
•  o estudo da relação entre a trajetória da produtividade do trabalho e o 
total dos fatores diante da produtividade física na cadeia agroindustrial;

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
182 
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•  a ampliação do debate sobre as novas formas de incentivo público aos 
distintos usos da biomassa energética, inclusive na perspectiva de veículos 
elétricos ou híbridos a etanol; e
•  os estudos e a proposição de modelos de remuneração da matéria-prima, 
do etanol e da energia da biomassa.
No âmbito de políticas públicas para a promoção da produtividade da 
cana-de-açúcar, são relevantes medidas como as seguintes. 
1)  Estabelecimento de programa que aponte caminhos e incentivos à adoção 
das tecnologias agrícolas disponíveis, considerando-se as distintas pro-
dutividades e o potencial de ganhos no âmbito das microrregiões e o perfil 
dos produtores. 
2)  Adoção de prêmio ou incentivo ao ganho de produtividade, quando 
comprovada a produção sustentável da cana-de-açúcar, do etanol e da 
energia elétrica gerada pela biomassa. 
3)  Redesenho de linhas de oferta de crédito para produtores que se encontram 
em dificuldade ou impossibilidade de investimento. Neste caso, 
considerando-se linhas específicas – no âmbito da União e dos estados – 
para arranjos desempedidos de acesso como consórcios, cooperativas 
e sociedades específicas.
REFERÊNCIAS
BELARDO, G. C.; CASSIA, M. T.; SILVA, R. P. (Eds.). Processos agrícolas e 
mecanização da cana-de-açúcar
. Jaboticabal: SBEA, 2015.
BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
E SOCIAL. O futuro do setor sucroenergético e o papel do BNDES. Rio de 
Janeiro: BNDES, 2012.
BNDES – BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
E SOCIAL; CGEE – CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS. 
Bioetanol de cana-de-açúcar
: energia para o desenvolvimento sustentável. 
Rio de Janeiro: BNDES, 2008.
BRASIL. Zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar: expandir a produção, 
preservar a vida, garantir o futuro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2009. 55 p.
______. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Produção 
e Agroenergia. Anuário Estatístico de Agroenergia 2012. Brasília: Mapa, 2013. 

Produtividade na Agroindústria Canavieira: um olhar a partir da etapa agrícola
 
|
 183
BRESSAN FILHO, Â. Os fundamentos da crise do setor sucroalcooleiro no Brasil
2. ed. Brasília: Conab; Mapa, 2010. Disponível em:
Yüklə 1,15 Mb.

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