Ocorrente e recombinante, empregando



Yüklə 5,04 Kb.
Pdf görüntüsü
səhifə12/26
tarix21.04.2017
ölçüsü5,04 Kb.
#15021
1   ...   8   9   10   11   12   13   14   15   ...   26

Tabela  4.12.  Processo  de  adaptação  metabólica  mediante  25  ciclos 
fermentativos,  variando  as  concentrações  de  hidrolisado  ácido  proveniente  do 
bagaço de cana e mantendo a concentração de glicose em 20 g/L.   
 
 
 
 
 
 
Ciclos 
Tempo  (Dias) 
Hidrolisado (%) 
1-5 
14 
2,5 
6-10 
20 

11-15 
25 
10 
16-20 
20 
15 
21-25 
20 
20 

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
103 
Conforme  descrito  por  Nghuyem  et  al.  (1996),  citado  no  item  2.8.4.5;  na 
medida  em  que  os  ciclos  de  repiques  sucessivos  são  realizados,  as 
concentrações de hidrolisado ácido se elevam e as de glicose são mantidas de 
acordo com o meio RMG.  
 
II.  Processo  de  propagação  mediante  diferentes  estratégias  de 
aclimatação celular 
Com  o  objetivo  de  investigar  o  efeito  da  aclimatação  celular  durante  a 
conversão de glicose e xilose oriundas das frações celulósicas e hemicelulósicas 
em  etanol,  respectivamente,  foram  utilizadas  quatro  diferentes  estratégias  de 
propagação  celular  para  obtenção  do  inoculo  a  ser  adicionado  nos  frascos  e 
posterior execução do processo SSCF.  
Cabe  ressaltar  que  ensaios  prévios  avaliando  a  adição  de  diferentes 
concentrações  de  hidrolisado  (5%,  10%,  20%,  30%,  40%)  em  meio  sintético 
complementar,  baseados  nos  estudos  de  Borges  (2011)  levaram-nos  a 
estabelecer  as  concentrações  empregadas  no  processo  de  aclimatação.  Todo 
processo  de  aclimatação  foi  desenvolvido  a  partir  de  um  pré-inóculo  inicial, 
crescido  em  meio  RMGX;  sendo  que  todas  as  etapas  posteriores,  descritas  a 
seguir, foram realizadas em meio RMG, uma vez que a xilose presente no meio 
sintético foi substituída pela xilose oriunda da fração hemicelulósica.  
a. Sem  aclimatação:  a  propagação  celular  ocorreu  usando  meio  sintético 
RMGX  sem  aclimatação;  em  seguida,  10%  (v/v)  do  meio  fermentado 
anteriormente  durante  48  h  foram  transferidos  para  o  meio  RMG  contendo 
10% de hidrolisado. As três etapas seguintes referem-se ao procedimento de 
aclimatação celular em meio contendo hidrolisado; 
b. Duas  etapas  (Estratégia  1-  aclimatação  de  5%  a  10%  de  hidrolisado):  a 
propagação  celular  ocorreu  em  um  frasco  cônico  com  200  mL  de  meio 
contendo  5%  de  hidrolisado;  posteriormente  10%  (v/v)  do  meio  fermentado 
anteriormente durante 48 h foram transferidos para o meio contendo 10% de 
hidrolisado; 
c. Duas  etapas  (Estratégia  2-  aclimatação  de  5%  a  20%  de  hidrolisado):  a 
propagação  ocorreu  em  um  frasco  cônico  contendo  5%  de  hidrolisado  em 

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
104 
meio; posteriormente 10% (v/v) do meio fermentado anteriormente durante 48 
h foram transferidos para o meio contendo 20% de hidrolisado;  
d. Três  etapas  (Estratégia  3-  aclimatação  inicial  de  5%  e  10%,  seguida  da 
propagação em 20% de hidrolisado e posterior centrifugação): esta estratégia 
foi desenvolvida  após  as  aclimatações  descritas  anteriormente,  ou  seja,  dois 
diferentes  frascos  cônicos  contendo  200  mL  de  meio  RMG  com  diferentes 
concentrações de hidrolisado, 5% e 10%, foram inoculados em meio contendo 
20%  de  hidrolisado,  com  10%  (v/v)  do  meio  fermentado  anteriormente. 
Porém,  em  seguida,  as  culturas  foram  centrifugadas  (4000  rpm/10  min), 
atingindo a concentração de aproximadamente 4,0 g/L e, então, ressuspensas 
no meio de fermentação contendo 20% de hidrolisado (Figura 4.10).  
 
Figura  4.10.
  Diagrama  de  blocos  indicando  a  estratégia  empregada  para  aclimatação 
celular,  a  qual  envolve  3  etapas:  inóculos  em  meio  RMG  adicionado  de  5%  e  10%  de 
hidrolisado hemicelulósico;  seguidos  de  crescimento  em  meio  RMG  adicionado de 20% 
de  hidrolisado  hemicelulósico;  e  posterior  concentração  de  células  através  de 
centrifugação, a serem inoculadas na proporção definida de RMG adicionado de 20% de 
hidrolisado  hemicelulósico.  Onde:  (a)  pré-inóculo  crescido  em  meio  RMGX;  (b)  inóculo 
crescido  em  meio  RMG,  contendo  5%  (v/v)  de  hidrolisado  hemicelulósico;  (c)  inóculo 
crescido  em  meio  RMG,  contendo  10%  (v/v)  de  hidrolisado  hemicelulósico;  (d) 
concentração  de  células  (4000  rpm,  10  minutos),  atingindo  4  g/L;  (f)  ressuspensão  em 
meio RMG, contendo 20% (v/v) de hidrolisado hemicelulósico.  
III.  Avaliação  da  produção  de  etanol  a  partir  do  processo  SSCF 
através de planejamentos experimentais sequenciais 
O processo foi desenvolvido em frascos 
cônicos de 500 mL contendo 200 
mL de meio de fermentação, que apresentava a mesma composição do meio de 
propagação, com exceção da adição de glicose e xilose, que foram substituídas 
pelo hidrolisado da celulose e da hemicelulose provenientes do bagaço de cana, 
respectivamente, ricos nestes açúcares.  

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
105 
As  fermentações  ocorreram  nas  seguintes  condições:  12  horas  de  pré-
hidrólise  enzimática,  10%  (v/v)  de  inoculo  (aclimatado  segundo  a  estratégia 
citada  anteriormente  que  resultou  em  melhores  resultados  de  produção  de 
biomassa  celular),  temperatura  de  30
o
C,  agitação  de  150  rpm,  suplementação 
com  meio  RM,  bem  como  diferentes  concentrações  de  sólidos  e  hidrolisado 
hemicelulósico  do  bagaço  de  cana.  Tais  concentrações  foram  avaliadas  de 
acordo  com  a  execução  de
 
dois  planejamentos  experimentais  compostos 
centrais 2
2
, visando buscar por valores ótimos de produção de etanol através do 
processo SSCF (Tabelas 4.13 e 4.14). 
Tabela  4.13.  Variáveis  independentes  do  primeiro  planejamento  experimental: 
percentual  de  hidrolisado  hemicelulósico  e  relação  sólido:líquido  (g:mL)  do 
bagaço de cana, avaliando a produção de etanol pelo processo SSCF 1.  
 
PARÂMETROS 
Níveis 
-

 
- 
0 
+ 
+

 
A 
Hidrolisado (%) 
9,6 
20 
45 
70 
80,4 
B 
Sólido:líquido (g/mL) 
0,8 

1,5 

2,2 
 
 
Tabela  4.14.  Variáveis  independentes  do  segundo  planejamento  experimental 
avaliando  o  percentual  de  hidrolisado  ácido, bem  como  a  relação  sólido:líquido 
(g:mL)  do  bagaço  de  cana  no  que  tange  à  produção  de  etanol  pelo  processo 
SSCF 2. 
 
PARÂMETROS 
Níveis 
-

 
- 
0 
+ 
+

 
A 
Hidrolisado (%) 
0,7 
6,5 
20,5 
34,5 
40,3 
B 
Sólido:líquido (g/mL) 
1,01:10  1,3:10 
2:10 
2,7:10 
2,99:10 
4.5.  PRODUÇÃO  DE  ETANOL  EM  BIORREATOR  INSTRUMENTADO 
ATRAVÉS DOS PROCESSOS SSF E SSCF 
Os  ensaios  em  biorreator  (BIOFLO  III,  New  Brunswick)  foram  realizados 
após  a  determinação  das  melhores  condições  estabelecidas  nos  experimentos 
em  frascos  agitados,  utilizando-se  células  crescidas  (No  processo  SSF,  as 
células  foram  centrifugadas;  no  SSCF,  as  células  foram  adicionadas  na 
proporção de 10% v/v) (Figura 4.11).  
O volume nominal e de trabalho do biorreator instrumentado é de 1,5 litros 
e 500 mL, respectivamente, velocidade de agitação de 150 rpm, temperatura de 

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
106 
30°C  e  pH  5,  sendo  monitorado  através  de  um  eletrodo  de  pH  esterilizado  e 
controlado pela adição de KOH 1M.  
 
Figura 4.11. Experimento em biorreator BIOFLO III (New 
.
Brunswick). 
4.6.  MÉTODOS ANALÍTICOS  
4.6.1.  DETERMINAÇÃO DE ETANOL E AÇÚCARES POR CLAE 
Em  todos  os  experimentos  foram  retiradas  alíquotas  de  2  mL,  com  rigor 
asséptico,  em  média,  a  cada  três  horas.  No  decorrer  dos  experimentos,  tais 
amostras foram devidamente tratadas através de centrifugação (11300  por 10 
minutos),  filtradas  em  membrana  de  acetato  de  celulose  0,22  µm  e 
adequadamente diluídas para quantificação por CLAE (Figura 4.12).  
 
Figura 4.12. Sistema cromatrográfico CLAE com detecção por índice refração.  

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
107 
Foram  determinadas  as  concentrações  de  glicose,  celobiose  e  etanol, 
utilizando o sistema cromatográfico (WATERS) composto por uma coluna HPX-
87P  (Bio-Rad),  operante  a  80°C  com  fluxo  de  0,6  mL/min  de  fase  móvel  (água 
MILLIQ),  bomba  WATERS  510,  detector  de  índice  de  refração  WATERS  410 
com  software  Empower.  Os  padrões  de  glicose,  celobiose  e  etanol  foram 
utilizados nas concentrações de 5 g/L, 10 g/L e 15 g/L, respectivamente. 
4.6.2.  QUANTIFICAÇÃO DO MICRORGANISMO  
O meio contendo a massa celular, após centrifugação em microcentrífuga 
(UNIVERSAR  IGR  HETTICH)  a  11.300g/min,  foi  separado  da  massa  celular.  O 
sedimentado  foi  posteriormente  ressuspendido  em  água  destilada  e  as  células 
quantificadas 
pela 
medida 
da 
absorbância 
em 
espectrofotômetro 
(SPECTRUMLAB  22PC)  a  600  nm,  segundo  Leal  (1998).  As  absorbâncias
 
medidas  foram  correlacionadas  com  os  valores  de  massa  seca  de  células 
através  das  curvas-padrão  apresentadas  na  tabela  4.15.  A  determinação  da 
massa seca de células foi feita após filtração em membrana Millipore (0,22 

m), 
seguida de secagem em balança de infravermelho (Sartorius- LJ16) e pesagem 
até massa constante. 
Tabela  4.15.  Curvas  padrão  de  absorbância  versus  concentração  da  massa 
celular para as linhagens de Z. mobilis
LINHAGEM 
CORRELAÇÃO 
Z. mobilis AG11 nativa 
Abs = 2,875 * concentração celular (R²= 0,992) 
Z. mobilis CP4 nativa 
Abs = 1,959 * concentração celular (R²= 0,994) 
Z. mobilis CP4 Recombinante
1
  
Abs = 4,016 * concentração celular (R²= 0,923) 
Z. mobilis CP4 Recombinante
2
 
Abs = 2,608* concentração celular (R²= 0,923) 
Onde: 1. Sem adaptação metabólica; 2. Após 26 ciclos adaptativos. 
 
4.7
.     
ANÁLISE DOS RESULTADOS 
4.7.1. ESTATÍSTICA  
Os  efeitos  estimados  das  variáveis  e  condições  de  processo  sobre  a 
concentração  final  de  etanol  (variável  de  resposta)  foram  analisados  em  um 
intervalo  de  90%  de  confiança,  mediante  a  Análise  de  Variância  (ANOVA)  e 
Metodologia  de  Superfície  de  Resposta,  através  do  Software  Design  Expert 
Software (versão 7.1.6. Stat-Ease, Inc., Minneapolis, EUA). 

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
108 
 
4.7.2. CÁLCULO DE EFICIÊNCIA  
A eficiência de produção de etanol é medida de acordo com a quantidade 
de etanol produzido/1 g de substrato consumido (expressos em porcentagem), a 
partir do valor de Y
p/s
 teórico 
 
Cálculo de eficiência:   
     
100
)
(
)
(
/
/
x
teórico
Y
processo
Y
E
S
P
S
P
f

                          
 
4.7.3. TAXA INSTANTÂNEA ESPECÍFICA DE CRESCIMENTO 
Durante  o  intervalo  de  tempo  (dt),  o  aumento  de  números  de 
microrganismos  (dx),  na  fase  exponencial,  onde  as  células  absorvem  os 
nutrientes, sintetizando seus constituintes, crescendo e se duplicando, pode ser 
representado por: 
          
X
μ

dt
dX
  

  
dt
dX
.
X
1

μ
   

   
 



T
dt
LnX
d.
μ
             (Equação 4.2
Onde: 
μ
 é a taxa específica de crescimento por unidade de tempo = 
μ
x
 
(taxa  específica  de  crescimento,  na  fase  exponencial).  Ao  plotar  o  gráfico  Ln  X 
versus  Tempo,  a  tangente  a  cada  ponto  da curva  obtida  fornece  o  valor  de 
μ

durante a fase exponencial de crescimento. Analogamente, as taxas específicas 
para formação de produto e consumo de substrato, em g/g.h, são representados 
por: 
dt
dP
.
X
q
p
1

              e            
dt
dS
.
X
q
s
1


              (Equação 4.3
Os valores das taxas de crescimento celular (r
x
), de consumo de substrato 
(r
g
), formação de produto (r
p
) foram obtidas plotando-se a concentração celular, 
substrato ou produto com o tempo.  
(Equação 4.1

CAPÍTULO 4: Materiais e Métodos 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
109 
 
4.7.4. TEMPO DE DUPLICAÇÃO 
Tempo  de  geração  (tg)  que  é  o  tempo  de  duplicação  da  massa  celular 
pode ser representado por: 
Ln 2X
0
/X
0
 = 

x
 t

   

    t
g
 = Ln 2 /

x  
  

    t
d 
= 0,693/ 

x                
            
               (Equação 4.4)       
 
4.7.5. VARIÁVEIS DE RESPOSTA 
Os parâmetros próprios de processos de fermentação foram considerados 
da seguinte forma:  
a) Fator de rendimento de produção de etanol (g/g) 
 
Sendo:     
P:
  
Concentração final de etanol (g/L) 
P
o
:
  
Concentração inicial de etanol (g/L) 
S
: 
Concentração final de substrato (g/L) 
S
o
:
 
Concentração inicial de substrato (g/L) 
 
b) Fator de rendimento para crescimento celular (g/g)  
 
Sendo:     
X:
 
Concentração final de biomassa (g/L) 
 
 
X
o
:
 
Concentração inicial de biomassa (g/L) 
S:
 
Concentração final de substrato (g/L) 
S
o
:
 
Concentração inicial de substrato (g/L) 
 
c) Produtividade volumétrica (g/L.h) 
 
Sendo:    
 P:
 
Concentração final de etanol (g/L) 
 
 
P
o
:
 
Concentração inicial de etanol (g/L) 
t
f
:
 
Tempo de fermentação (h) 
                 (Equação 4.7


f
o
P
t
P
P
Q


               (Equação 4.6

 
 

S
S
X
X
S
X
Y
o
o
S
X







/

 
 

S
S
P
P
S
P
Y
o
o
S
P







/
                                                               
(Equação 4.5

CAPÍTULO 5: Resultados e Discussões 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
110     
                                                             
_____________________CAPÍTULO 5 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O  presente  capítulo  foi  destinado  à  exposição  e  discussão  dos 
resultados  referentes  às  linhagens  de  Zymomonas  mobilis  naturalmente 
ocorrentes,  assim  como  a  modificada  geneticamente.  Tais  resultados  foram 
obtidos a partir da conclusão dos experimentos planejados para elaboração da 
tese.  Nos  estudos  sobre  a  otimização  dos  parâmetros  operacionais  foram 
desenvolvidos  planejamentos  experimentais  sequenciais  e  os  efeitos  de 
impacto sobre a variável de resposta foram analisados a partir de metodologias 
de  superfície  de  resposta,  definindo  as  condições  ótimas  para  a  condução  do 
processo.  

CAPÍTULO 5: Resultados e Discussões 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
111     
5.1.   ENSAIOS  DE  FERMENTAÇÃO  EMPREGANDO  A  BACTÉRIA 
Zymomonas mobilis NATURALMENTE OCORRENTE
 
5.1.1.  Desempenho das  linhagens nativas  frente  à  utilização de glicose  e 
xilose  
Visando  avaliar  a  capacidade  de  consumo  dos  principais  açúcares 
encontrados  nas  frações  polissacarídicas  de  resíduos  de  composição 
lignocelulósica,  nomeadamente  glicose  e  xilose,  realizou-se  um  ensaio,  em 
meio sintético, com as duas linhagens de Z. mobilis.  
Os  perfis  cinéticos  que  representam  o  desempenho  de  ambas  as 
linhagens estão apresentados nas figuras que se seguem. Analisando o gráfico 
da  cinética  de  Z.  mobilis  AG11  (Figura  5.1),  observa-se  que  o  substrato  foi 
consumido em um período de 15 horas. O desempenho da linhagem Z. mobilis 
CP4  foi  similar,  no  entanto,  o  tempo  para  o  consumo  total  da  glicose  foi 
ligeiramente superior (18 horas) (Figura 5.2).  
 
Figura 5.1. Cinética de consumo de glicose, produção de etanol e crescimento 
celular pela linhagem de Z. mobilis AG11
 

CAPÍTULO 5: Resultados e Discussões 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
112     
 
Figura 5.2. Cinética de consumo de glicose, produção de etanol e crescimento 
celular pela linhagem de Z. mobilis CP4
Conforme  sinalizado  pela  literatura,  células  de  Z.  mobilis  apresentam 
reduzido crescimento, destinando grande parte do substrato para a síntese de 
etanol;  contudo,  observa-se,  em  ambas  as  linhagens,  uma  associação  do 
crescimento celular com a produção de etanol. Rogers  et al. (1982) já haviam 
reportado que apenas 2% do carbono encontrado na molécula do substrato são 
convertidos à plasticidade celular.  
As  variáveis  medidas  e  calculadas  desta  série  de  experimentos  foram 
reunidas e estão apresentadas na tabela 5.1.  
Tabela  5.1.  Desempenho  das  linhagens  AG11  e  CP4  de  Z.mobilis  na 
fermentação de glicose (concentração inicial de 20 g/L). 
Variáveis medidas e calculadas 
AG11 
CP4 
Etanol (g/L) 
7,5 
6,3 
Células (g/L) 
0,48 
0,43 
Produtividade (g/L.h) 
0,50 
0,33 
Taxa específica de crescimento (h
-1

0,147 
0,169 
Fator de conversão em produto (Y
P/S
), em g.g
-1 
0,255 
0,106 
Fator de conversão em células (Y
X/S
), em g.g
-1
 
0,024 
0,019 
Eficiência de fermentação (%) 
54 
22 
Tempo de duplicação (h) 
4,7 
4,1 

CAPÍTULO 5: Resultados e Discussões 
 
Danielle da Silveira dos Santos 
113     
Pode-se  constatar,  que  em  meio  sintético,  ambas  as  linhagens 
apresentaram  resultados  semelhantes  quanto  à  produção  de  etanol  e 
crescimento  celular.  Embora,  a  linhagem  AG11  tenha  apresentado  valores 
ligeiramente  superiores  de  produtividade  volumétrica  e  fatores  de  conversão 
tanto de células quanto de produto, a linhagem CP4 exibiu valor superior para a 
taxa específica de crescimento.  
Na  Figura  5.3  observa-se  um  cromatograma  típico  de  início  de 
fermentação  por  Z.  mobilis  CP4,  no  qual  a  glicose  apresenta-se  em  altas 
concentrações  e  a  produção  de  etanol  é  iniciada,  verificando-se,  ainda,  a 
presença de alguns subprodutos.  
 
Figura 5.3. Perfil cromatográfico típico da fermentação por Z.mobilis.  
No  tocante  ao  consumo  de  xilose,  foi  constatada  a  incapacidade  de 
ambas  as  linhagens  nativas  em  metabolizar  esta  pentose.  Não  houve 
crescimento  celular,  assim  como  não  houve  produção  de  etanol,  conforme 
mostrado na figura 5.4.  
 
Yüklə 5,04 Kb.

Dostları ilə paylaş:
1   ...   8   9   10   11   12   13   14   15   ...   26




Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©azkurs.org 2024
rəhbərliyinə müraciət

gir | qeydiyyatdan keç
    Ana səhifə


yükləyin