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11. As palavras-chave são termos técnicos aplicados a cada processo de obtenção do etanol, de aproveitamento de 
resíduos, de geração de impactos e outros parâmetros que pudessem constar em alguma das variáveis descritivas 
dos projetos, detalhados em Santos (2015). Entre elas: álcool, bagaço, biocombustíveis, enzima, etanol, gaseificação, 
processo de queima, pirólise, conversão energia, hidrólise, cana-de-açúcar, flex, vinhaça, lignina, celulósico, 
pré-tratamento, fermentação, destilação, biomassa e levedura.

Desafios e Caminhos da Pesquisa e Inovação no Setor Sucroenergético no Brasil
 
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•  busca, por meio de palavras-chave, em uma base contendo as 35 variáveis 
cadastradas pelo MCTI, sendo selecionados 560 projetos potencialmente 
da área sucroenergética, doze entre os 34.452 mencionados;
•  leitura das colunas descritivas de cada um dos 560 projetos selecionados na 
etapa 1, utilizando-se filtros para obtenção daqueles da área de interesse. 
Desses, restaram 524 que se relacionam com a área sucroenergética, dos 
quais 379 projetos foram considerados especificamente dessa área entre 
os que tiveram desembolso no período;
•  análise dos dados dos 379 projetos a partir das variáveis de interesse, 
incluindo-se o agrupamento e a aplicação do índice de correção selecio-
nado (Índice Nacional de Preços ao Consumidor/Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística – INPC/IBGE), ano-base 2011;
•  identificação do perfil dos 379 projetos, a partir de descritores selecionados, 
destacando-se: as instituições de pesquisa proponentes; os valores 
contratados; o total do desembolso por ano, por tipo de pesquisa e região 
de destinação dos recursos; e outros aspectos quantitativos dos projetos, 
de modo a identificar o seu perfil; e
•  a título de confirmação, se um projeto aprovado para dado edital temático 
(exemplo: energias renováveis, biocombustíveis, agronegócios, etanol, biomas-
sa energética etc.) estava de fato relacionado à área de interesse, eles foram 
separados a partir do tipo de edital e de linhas temáticas e analisados um a um. 
A metodologia permitiu selecionar os estudos em diversos editais e fundos de 
apoio entre os dezessete fundos/ações setoriais no período analisado. 
Os mesmos critérios de seleção e classificação foram aplicados aos projetos 
do programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), não sendo 
necessária a busca por palavras-chave, dada a pequena dimensão da base. Neste caso, 
foram utilizadas apenas as variáveis de custo dos projetos (equivale ao montante 
do projeto), o título e as variáveis descritivas, como data de cadastro. O interesse 
foi observar se o programa tem dado resposta ao crescimento da cadeia produtiva 
sucroenergética na geração de energia elétrica, que é a finalidade do programa, e 
a dimensão da sua participação em P&D. Os valores foram também atualizados 
pelo INPC, com data de referência em 31/12/2011.
Além dos procedimentos aqui descritos, outros agrupamentos e descritivas 
foram utilizados, conforme apresentados nos resultados da pesquisa. Entre eles 
está o conjunto de dados do Plano BNDES-Finep de Apoio à Inovação dos Seto-
res Sucroenergético e Sucroquímico (Paiss), que são disponibilizados pela Finep 
e BNDES.
12
 Neste caso, são apenas 25 projetos (planos de trabalho), todos de 
12. Para mais informações sobre os projetos contratados pela Finep/BNDES, no Paiss, ver: .

Quarenta Anos de Etanol em Larga Escala no Brasil: desafios, crises e perspectivas
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grande porte, selecionados na primeira etapa do programa cujo foco é direcionado 
à inovação nas indústrias.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Antes de entrar nos resultados obtidos para o setor sucroenergético, cabe apresentar 
o conjunto de projetos em que ele se insere no FNDCT. Para isso, destacam-se, na 
tabela 1, os dados sobre o conjunto das energias renováveis, do fundo de financiamento 
na área de energia (CT-Energia) e os projetos financiados por agência de fomento. 
Destacam-se na tabela os projetos da área sucroenergética, especialmente os 
379 detalhados à frente, que foram selecionados após os filtros indicados na metodologia.
TABELA 1
Apoio do FNDCT à P&D em energias renováveis e biomassa energética (1999-2012)
1
Descritiva
Número
Contratado 
(R$ INPC 12/2011)
Desembolso 
(R$ INPC 12/2011)
Desembolso (%)
Média de 
desembolso 
(R$ INPC 12/2011)
Projetos do FNDCT
34.452
16.471.370.996
11.657.125.502
70,77
338.358
Projetos de ER
1.893
1.229.112.061
809.189.515
65,84
427.464
Projetos CT-Energia
1.435
659.129.837
497.625.188
75,50
346.777
ER no CT-Energia
647
290.356.746
240.534.299
82,84
371.769
Biomassa total
1.160
728.383.496
445.033.975
61,10
383.650
Sucroenergéticos e afins
2
530
440.980.289
247.745.793
56,18
467.445
Sucroenergéticos específicos
379
318.267.196
156.754.263
49,25
413.600
CNPq – sucroenergéticos total
297
72.358.761
32.266.197
44,59
108.640
Finep – sucroenergéticos total
82
245.908.435
124.488.066
50,62
1.518.147
Fonte: MCTI
13
 e Santos (2015). 
Elaboração dos autores.
Notas: 
1
  No conjunto dos dados, encontram-se os projetos destinados a eventos, infraestrutura, formação de redes de P&D e 
formação profissional, além dos projetos típicos de P&D, definidos na forma do Manual de Frascati.
2
  A tabela 1 foi construída a partir do trabalho desenvolvido em Santos (2015). Na tabela, a subdivisão “Sucroenergéticos e afins” 
contém projetos que tratam de biomassa, bem como de seus impactos e potenciais, mas sem P&D específica aplicada 
à cadeia produtiva. A subdivisão “Sucroenergéticos específicos” engloba, como indica o nome, os projetos de P&D e 
eventos aplicados à cadeia produtiva e de consumo, inclusive impactos, modelagens e infraestrutura. 
Essa tipologia segue os critérios definidos na metodologia.
Algumas evidências da tabela 1 são: i) o volume de recursos alocados 
(R$ 809 milhões) para P&D em energia renovável é muito baixo, na comparação 
com países líderes (Santos, 2015); ii) se, por um lado, o número de projetos é 
significativo em ERs em geral, por outro, o desembolso é baixo, principalmente na 
área sucroenergética, conforme as porcentagens de 44,59% pelo CNPq e 50,62% 
pela Finep; iii) biomassa energética é o principal grande tema recebedor de recursos 
(R$ 445 milhões, ou 55% do total das ERs) e de número de projetos (1.160, ou 
61,28% dos projetos de ERs).
13. Uma versão restrita da base de dados do FNDCT utilizada pode ser obtida em: 
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